sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E falando em amor.....

Se eu me deitar ao seu lado, sentir teu cheiro, ouvir tua respiração e tua pulsação, compartilhar meus medos e desafios vencidos, dizer que eu não sou tão perfeito assim, ainda assim você irá me amar?

Uma vez que eu venha a descobrir teus mistérios, tuas aventuras, teu espírito empreendedor e sonhador, que eu descubra que você não é tão sólida assim como tenta fazer crer, e que teu maior sonho é morar em uma casinha com cerquinha branca e cachorrinho no quintal, você não desistirás de mim?

Faremos então um pacto, secreto, e somente nós dois o conheceremos. Selaremos este pacto com confiança e respeito mútuo, acima de tudo, sobretudo acima de todos. Mas não nos esqueceremos quem somos e o que vivemos, caso contrário deixaremos de ser nós mesmos, e iremos partilhar nada menos do que duas vidas vazias...

Vagaremos na calada da noite, como gatos sorrateiros, procurando diversão, procurando nos divertir, até aprendermos que a diversão um do outro é a própria metade.

Deixaremos para trás aquilo que não nos interessar mais, mas sem que venhamos a perder o interesse um pelo outro, por mais que surjam jogos com uma efemeridade interessante; não podemos nos esquecer que bater a cabeça contra as luzes que brilham no escuro somente irá durar até o dia amanhecer.

Seremos cúmplices um do outro, dentre vários segredos, defeitos e virtudes, e iremos esconder tudo do mundo e de nós próprios, mas sem nunca negar um ao outro, ainda que venhamos a negar ao mundo todo.

Ficaremos parados, absortos, boquiabertos e bobos admirando um belo pôr-do-sol, ou seu nascer, ondas quebrando na praia, uma criança brincando na areia...

Seremos uma só pessoa em dados momentos, mas reitero que não perderemos nossa unicidade, pois é ela que nos levou a nos unir, e uma vez perdida, nos perderemos em nós mesmos. Logo, somos responsáveis únicos e absolutos por nossa essência e durabilidade. Por isso, podemos ser eternos se quisermos, ou apenas um dentre vários outros casos.

Por fim, ficaremos velhos, nos tornaremos grisalhos, mas sem nunca perder aquele brilho no olhar que sempre disse um ao outro: eu te amo!...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um breve recesso no tempo e nas coisas...

Não venha apunhalar-me se tens os mesmo problemas. Não me cobre tolerância se és intolerante. Não seja ríspido com alguém que te quer bem. Por tudo, um dia, um instante, um rompante, pode ser que seja tarde demais para recobrar a consciência.

Não me diga o que fazer, pois não sou seu boneco, tampouco me és o senhorio. Sinta tudo o que se passa, procure compreender aquilo que se opera em seu redor e depois exteriorize seus sentidos e sentimentos com cautela.

Deposite esperança, mas não espere juros, tampouco retorno rápido. Semeie, envolva-se, pois isolamento e repreensão afastar-lhe-ão o quão rápido se deseja tal retorno.

Seja objetivo, seja sincero. Mas lembre-se que tudo em demasia faz com que o ato benévolo se macule, destruindo todo o sentido que você gostaria de passar. Far-te-á incompreendido.

Pense, pois a chuva só irá embora quando a nuvem se esgotar, ou mesmo o vento se encarregar de tudo...