sexta-feira, 22 de maio de 2009

Imperfeição da essência melancólica

Permita-se retornar sempre que quiser.

Permita-se fazer as coisas da forma como achar melhor.

Permita-se apaixonar, cair de amor por alguém que não lhe dá atenção.

Permita-se ser aquilo que você não é, por uma só noite.

Permita-se conhecer o desconhecido.

Permita-se permitir.

***

As escolhas que fazemos, as opções que temos. Tudo se conecta perfeitamente com aquilo que tentamos buscar, em vão conseguimos. Chegamos ao fim de tudo, sempre pensando que nos falta alguma coisa, em algum lugar. Caminhos errantes.

O fato de se aproximar e não estar tão perto assim. Não se sentir encaixado no contexto daquilo que você deseja, sem ter um conteúdo certo, sem haver um parâmetro sequer.

Compre minha felicidade, apenas para me ver sorrir, por um instante que seja. Abuse de meu corpo, com toda sua voracidade, e tente sugar minha alma. Esperança.

Há dias em que o tempo se deixa fluir. E flui de uma forma etérea, sutil em essência, linearmente sinuoso. Os segundos demoram minutos, as horas dias. Mas a ansiedade não diminui um segundo sequer.

A sensação de ter o pasto todo pra você, todos os cantos para você explorar, sozinho, em qualquer momento que seja, em qualquer hora. Inimaginável. Mas e o intangível? Nele está a perfeição.

Palavras perdidas no vento, todas conexas, mas de lados e formas diferentes. Iguais em sua essência, em seu teor. Suspiros apaixonados, suspiros saudosos, conteúdo pronto para uma música de amor.

Aquilo que se foi, já foi. Tudo passa, um dia. Tudo se vai, com o tempo. Assim como as palavras, que se espalham no ar, deixando aquela sensação de uma inatingível perfeição melancólica.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bolas de neve, música e cerveja...

"Caí da árvore, em cima de um cacto..."

É nessa toada que eu começo hoje. Com o mais perfeito dos acontecimentos. Acerca do epílogo acima, nada irei tecer. Deixo à imaginação do leitor o que pensar e refletir.

***

Nada vem gratuitamente, tudo tem seu preço. É um eterno jogo de conquistas e perdas; onde se perde alguma coisa, sempre alguém irá ganhar. Pois é, o equilíbrio agindo silenciosamente, deixando uns chorando, ao passo que outros riem.

Uns riem de si mesmos, outros riem dos outros. Nos primeiros, traços de afeto, nos últimos, traços de ódio. Afinal, tudo é equilibrado, lembra-se? Pois é.

Construindo o futuro, edificando o presente, aprendendo com o passado. E é por isso que eu não quero mais ir ao parque de diversões. Não agora, não hoje. Estive lá já. Pude ver quão iluminado e colorido é o seu carrossel; girei infinitamente em sua roda gigante. Os palhaços, apesar de meu medo confesso deles, me divertiram muito. Mas é isso. Um dia eu tive que sair de lá. Cedo ou tarde. Ou no momento certo, após aproveitar bastante.

A inconstância me faz pensar, e muito. Indecisão é uma coisa terrível pra mim. Ficar em cima do muro? Ou é sim ou é não. Porque indecidir-se? Existe uma objetividade dentro de você ou não? Então!? Adianta ficar oscilando entre um lado e outro sem escolher um dos dois? Não, caro leitor, você simplesmente não pode ter os dois lados ao mesmo tempo... Mais uma vez, lembra-se do equilíbrio?

No entanto, também tenho que pensar que não se é possível tirar alguém do parque antes do tempo certo, pois não cabe a mim decidir o tempo de lá permanecer. Bom, enquanto isso, aproveite as imagens. Todas elas.

Não, novamente. Não tenho nada a lhe oferecer além daquilo que já conquistei e mais uma porrada de sonhos insólitos. Mas que tenho certeza que um dia irei concretizá-los. Sim, pelo que me parece, estamos em tempos diferentes. Mas será? Não sei a resposta. Só sei que não me é possível ter os dois lados ao mesmo tempo. Questão de equilíbrio, meu caro. (risos)

Então, o que fazer? Bom, antigamente as civilizações primitivas acreditavam que o sacrifício de uma vida valeria pelas recompensas que iriam alcançar. Pois é, é o que você imaginou. Sacrifique-se ou sacrifique. O lado lógico disso tudo é que você resolve tudo de forma simples, rápida e lógica, pois na metafísica tudo é um eterno: mas será? E você consegue conviver com essa dúvida? Pois é. Mas eu não.

***

Sublime forma de pensar para não ser pensado.

Inconstante jeito de ser para não ser notado.

Filosófico para não ter que pensar.

Pensar para não precisar agir.

Agir para não precisar viver.

***

Espalhei aos quatro cantos o quanto estava... E continuo espalhando. Não me faço em devaneios, muito menos em pormenores. Não há árvores, moitas, muros, ou qualquer obstáculo em meu mundo. Não por ser público. Apenas gosto de ser eu mesmo. E isso me faz. Apenas me faz.

***

Nota: faça o menos possível quando as roupas não são suas. Mas não se esqueça que suas roupas também podem estar sujas.

***

O caminho nunca termina, não enquanto estiver de dia, enquanto se estiver acordado. O jeito é encarar com bom humor.

***

Fica uma dica:- *Artista: "Mike Doughty" - *Álbum: "Haughty Melodic".
É uma excelente pedida pra uma saída de carro, uma volta a pé, uma reflexão... Um momento solitário.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Absolut Non Sense - Momento de Ira, Dia de Fúria

Faça-me rir, sobretudo de todas as suas falácias e conquistas ridículas.

Popularize-me, como se um deus eu fosse, sem nunca eu haver pisado no Olimpo.

Coloque palavras nas bocas das pessoas, faça-as acreditar que tudo pode ser resolvido pela crença em alguma coisa.

Busque atitudes nas pessoas, esperando receber em troca tapas e pontapés.

Pense que eu sou um idiota, tratando-me como farsante em meio a todos.

Ignore-me na multidão, pisando em minhas idéias e escarrando em toda minha existência.

Nada disso faz sentido, como nada nunca fez, até agora. Num momento você acha que tem a situação sob controle. Noutro, acorda e percebe que não viveu nada até agora, pois sempre buscou o nada, quando deveria nada buscar.

A existência é a essência das mensagens, ocultas em cada gesto, em cada sorriso e em cada suspiro. O além não existe, e o que se foi, ficou para trás, assim como tudo o que está morto, deve permanecer morto, e não enterrado apenas.

Um dia de cada vez, um passo a cada momento e um degrau por dia.

Vagaroso? Não. Cauteloso.

Acompanhar um café com um cigarro singular, observar as pessoas rindo, enquanto por dentro, todos derramam lágrimas. A pretensão está em tudo, e a busca nunca cessa.

O além, o depois, a vertente de nossa existência, pois se existimos, temos que creditar que existimos por alguma razão, não aceitando simplesmente a existência como algo simples.

... Medíocre mesmo!!! Pára com isso vai. Aceita, apaga luz, fecha a porta e vai embora. Simples assim...

Não pense que reluto a cada dia para acreditar que tudo não passa de pesadelo. Mas aceitá-lo, e saber que ele faz parte do nosso dia-a-dia é temeroso. Mas lutar contra isso, agora eu vejo, é ridículo, inevitável.

Que dia idiota. Coisas vazias, idéias sem sentido algum, lugares sem cor, sem sabor, pessoas vazias: eu vazio. Vazio de sentimentos, niilista, especialmente hoje.

Perceber que o dualismo sempre foi parte de sua existência, em todos os lugares, e em tudo o que você toca, e perceber que esse dualismo é uma pura existência de uma doutrina que se iniciou anos e anos atrás? Manchada pela interpretação e interesses mesquinhos de alguns, em detrimento de vários. Condenação ao pensamento livre, à livre manifestação.

Pensando bem, o livre arbítrio está fixado onde? Nas paredes das casas? Nos vitrais das igrejas. Ou ainda, em São João Del Rei? Não... Metafísica para explicar coisas simples? Complicar a vida e a existência com o sofrimento... Em troca de alguns trocados, onde tudo se dá, nada se recebe, para receber depois. Quanta coisa ridícula... Niilista, mais uma vez, eu repito.

--------------------***

O dia não foi legal. Já acordei puto da vida. Com tudo. Comigo, com meus sapatos, com o carro que ia na minha frente. E o engraçado é que eu não consegui rir em momento algum. Mas fingi estar bem, em alguns lugares e pra algumas pessoas. Vivi um dia absolutamente incomum de mim mesmo.

Onde está a cor, o cheiro, o sabor? Nada. Tá tudo em PB, bem figurado como positivo e negativo, bem e mau. O que mudou de ontem pra hoje? Absolutamente nada. Nada aconteceu. Ninguém me disse nada. Mas, pensando bem, acho que tomei um tapa na cara da minha hipocrisia e quebrei um paradigma meu. Me fez pensar, F.N.

Ainda não conheço Zara, mas espero que com ele possa entender mais algumas coisas. E outra coisa, antes que digam sandices a meu respeito: ainda não terminei de ver tudo. Há muita coisa por vir, eu sei. To instigado a conhecer, a me tornar mais ácido, a me tornar mais racional, a me tornar mais humano.

Me sinto um idiota às vezes por não conseguir fazer tudo que tenho vontade. Mas será que eu não fiz mesmo? Será que eu não fiz tudo aquilo que tinha vontade, mas de uma forma diferente do meu eu? Sim, acho que sim. Contento-me em me sentir bem. E eu não estou me sentindo bem hoje...

----------------------***

Sim, tava gelada. Foram duas. Mas não foram a salvação. As pessoas ao meu lado me pareceram tão próximas a mim, mas eu sabia que tinha muita coisa ali que eu não conhecia. Mas pra que eu precisava, e preciso, conhecer, se o pouco que vi já me deixou contente?

Preciso entender que eu não posso abraçar o mundo. Que eu não posso fazer todos felizes. Que, ainda que eu esteja bem, as pessoas a meu redor não são obrigadas a estar bem também.

Preciso me conformar em ver que nem tudo é puro, nem tudo é real, e nem tudo é imaginário.

Preciso compreender minha essência. Preciso me entender. Preciso me realinhar.

... Meu eixo sumiu...

-----------------------***

Aquele que nunca firmou seu próprio degrau, que conforme-se em estar no início;
Aquele que construiu alguns, que ajude quem está no início;
Aquele que já está quase no topo, que tenha paciência para com aqueles que ainda estão subindo.

-----------------------***

** Se eu precisar conversar, desabafar, ou qualquer outra coisa que seja, deixa que eu falo **

** Outra coisa: NÃO É NADA COM NINGUÉM **
Não tentem me impor qualquer coisa que seja: ISSO ME DEIXA PUTO DA VIDA E IRADO DE RAIVA!

-----------------------***

The End: o monte Olimpo, aqui expresso, é mitologia.
Não tente entender. Compreenda e reflita. É melhor.
Idiossincrasia não se discute nem se tenta mudar, tá?
Por fim, ficarei ótimo.

Obrigado por me ouvir.