sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E falando em amor.....

Se eu me deitar ao seu lado, sentir teu cheiro, ouvir tua respiração e tua pulsação, compartilhar meus medos e desafios vencidos, dizer que eu não sou tão perfeito assim, ainda assim você irá me amar?

Uma vez que eu venha a descobrir teus mistérios, tuas aventuras, teu espírito empreendedor e sonhador, que eu descubra que você não é tão sólida assim como tenta fazer crer, e que teu maior sonho é morar em uma casinha com cerquinha branca e cachorrinho no quintal, você não desistirás de mim?

Faremos então um pacto, secreto, e somente nós dois o conheceremos. Selaremos este pacto com confiança e respeito mútuo, acima de tudo, sobretudo acima de todos. Mas não nos esqueceremos quem somos e o que vivemos, caso contrário deixaremos de ser nós mesmos, e iremos partilhar nada menos do que duas vidas vazias...

Vagaremos na calada da noite, como gatos sorrateiros, procurando diversão, procurando nos divertir, até aprendermos que a diversão um do outro é a própria metade.

Deixaremos para trás aquilo que não nos interessar mais, mas sem que venhamos a perder o interesse um pelo outro, por mais que surjam jogos com uma efemeridade interessante; não podemos nos esquecer que bater a cabeça contra as luzes que brilham no escuro somente irá durar até o dia amanhecer.

Seremos cúmplices um do outro, dentre vários segredos, defeitos e virtudes, e iremos esconder tudo do mundo e de nós próprios, mas sem nunca negar um ao outro, ainda que venhamos a negar ao mundo todo.

Ficaremos parados, absortos, boquiabertos e bobos admirando um belo pôr-do-sol, ou seu nascer, ondas quebrando na praia, uma criança brincando na areia...

Seremos uma só pessoa em dados momentos, mas reitero que não perderemos nossa unicidade, pois é ela que nos levou a nos unir, e uma vez perdida, nos perderemos em nós mesmos. Logo, somos responsáveis únicos e absolutos por nossa essência e durabilidade. Por isso, podemos ser eternos se quisermos, ou apenas um dentre vários outros casos.

Por fim, ficaremos velhos, nos tornaremos grisalhos, mas sem nunca perder aquele brilho no olhar que sempre disse um ao outro: eu te amo!...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um breve recesso no tempo e nas coisas...

Não venha apunhalar-me se tens os mesmo problemas. Não me cobre tolerância se és intolerante. Não seja ríspido com alguém que te quer bem. Por tudo, um dia, um instante, um rompante, pode ser que seja tarde demais para recobrar a consciência.

Não me diga o que fazer, pois não sou seu boneco, tampouco me és o senhorio. Sinta tudo o que se passa, procure compreender aquilo que se opera em seu redor e depois exteriorize seus sentidos e sentimentos com cautela.

Deposite esperança, mas não espere juros, tampouco retorno rápido. Semeie, envolva-se, pois isolamento e repreensão afastar-lhe-ão o quão rápido se deseja tal retorno.

Seja objetivo, seja sincero. Mas lembre-se que tudo em demasia faz com que o ato benévolo se macule, destruindo todo o sentido que você gostaria de passar. Far-te-á incompreendido.

Pense, pois a chuva só irá embora quando a nuvem se esgotar, ou mesmo o vento se encarregar de tudo...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Destemperos...

Quanto do teu sal, quanto de tua luta despendestes em vão, rumando para lugar algum?

Por quanto tempo vagaste por terrenos áridos, sem que qualquer pessoa lhe estendesse a mão, enquanto viam seu sofrimento? Talvez, até mesmo em pormenores, estivessem eles deleitando-se ao ver quão sofrido era teu caminho.

Enfim, tuas palavras de desprezo apunhalaram meu coração, me fizeram sangrar incessantemente até que perdesse completamente minha consciência. Permaneci dormente por um longo tempo quando, então, recobrei minha consciência.

Contudo, não pude abrir os olhos, pois não tinha forças; podia apenas sentir, ainda, a dor lancinante daquelas lâminas abrindo-me o peito. Quisera eu gritar, mas absolutamente tudo que eu podia sentir, era dor.

Cheguei ao extremo de fingir que nada acontecia, forcei-me a pensar que estava em outro lugar, monótono, em preto e branco, sem cheiro, sem graça, quando, enfim, resgatei-me.

A primeira coisa que pude observar é que ao meu redor haviam várias pessoas, dentre as quais, nenhuma pude identificar de pronto. Estavam todas envelhecidas, e o cheiro no ar era de rosas. Frescas, por sinal.

Todas essas pessoas tinham uma expressão apática, entristecida, embrutecida, como se o tempo tivesse passado demasiadamente depressa, tomado toda sua jovialidade, e tudo havia ficado para trás, como se não quisessem lembrar, faziam questão de tudo esquecer.

Levantei-me de súbito, assustando a todos os presentes. No horizonte, muitas nuvens e uma intensa luz avermelhada cobria o céu. Era o pôr-do-sol. Infelizmente percebi que, com ele, também se esvaiam todos os meus sonhos.

A escuridão que se aproximava deixava-me atônito e atordoado, pois havia passado muito tempo desde que tudo acontecera; só eu não havia percebido, pois havia me refugiado dentro de mim mesmo. E tudo estava escuro. Não haviam estrelas. Nem uma única.

A diversão chegava ao fim. Não mais existia luz. Uma vida ali jazia...

" f "

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pureza da essência

Olhei a paisagem por horas e horas à fio... Não podia acreditar no que havia acontecido. Aliás, eu não queria acreditar. Com certeza, combina melhor com a situação em apreço.

Aprendi a nunca mais olhar pra trás, lamentar o que havia acontecido. E dessa lição nunca mais havia me esquecido. Mas nem toda lição é eterna e imutável. Tal qual nós somos.

Não que fosse algo ruim. Mas me surpreendeu demais. Eu estava estarrecido.

E dentre olhares, encontros e desencontros, repentinamente pude ver a solução diante de mim. Estava lá, a todo o tempo, estampada na minha cara, como uma máscara.

Exatamente, como uma máscara. Me tapou a visão por muito tempo, me escondeu de muitas pessoas. Limitou, com certeza, tudo aquilo que eu sempre quis ver. Fui cego? Sim. Idiota? Jamais. Não podemos nos considerar inferiores por algo que nunca soubemos que pudesse existir, tampouco nos julgar por fazer aquilo que nunca havíamos feito, e nem tínhamos qualquer noção de como fazer. É a vida.

E como tudo se esvai no tempo, toda minha mágoa com aquela estarrecedora situação se foi. Nada melhor como o tempo para apagar a fogueira da raiva, a brasa do ódio, e semear um novo amanhã. Viver em paz.

Para estar em paz é preciso que tudo à sua volta se conserte? Mas como consertar tudo que te cerca se nem uma palha você move? É preciso preparar todo o terreno, é preciso semear todo o futuro, é preciso saber esperar com a paciência de um velho e aguardar com o desejo de uma criança, afinal, o desequilíbrio é fruto das inconsequências.

Seja preciso, seja objetivo, seja puro. Seja você. Naturalmente.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Origens...

Às vezes, precisamos voltar às origens para saber quem realmente somos. Disfunções à parte, revivemos o passado quando erramos os caminhos. Ou, pelo menos, quando seguimos por caminhos que não nos pertencem.
À quem nunca foi rei, de nada adianta usar a coroa, pois não conseguirá ostentar seu reinado por muito tempo; as coisas mudam de figura constantemente.
Reviver, refazer, reconstruir. É preciso rever os momentos, as palavras, as pessoas, para, então, você redescobrir do que você é feito, em que você se sedimentou, onde criou raízes. Porque, até nisso, o tempo cobra seu preço. E quando tudo começa a não mais fazer sentido, é hora de parar e repensar os meios, os caminhos.
Revivendo, refazendo e resconstruindo. Essa é a meta. Esse é o momento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tudo junto numa coisa só

Passe o tempo que passar, aconteça o que seja pra acontecer, as coisas nunca irão mudar, pois você será sempre o mesmo no fim da noite, quando as luzes se acendem, a música para e a faxineira vem varrendo os copos sob teus pés.

Não, não adianta tentar mudar o imutável, pois certas coisas apenas permanecem inalteráveis devido ao estado em que se encontram. E sempre serão encontradas naquele estado de catarse, pois é pra isso mesmo que elas foram criadas. E, se você parar pra pensar nelas, muitas desaparecem, pois são puras criações de sua mente solitária.

É... Não venha com esse sentimento de culpa, de que tudo que acontece ao seu redor é culpa sua, porque não é a verdade que seus olhos, principalmente seus olhares, refletem. Sim, eles refletem a luta árdua até o final para ter aquilo que você sempre quis, que você desenhou e desejou até o fim. Mas não era pra acontecer.

Então pare de ficar se lamentando, de ficar tendo pena de você o tempo todo por tudo aquilo que fugiu ao seu controle - desde que não tenha sido você que tenha criado, porque se assim for, você tem o poder de desfazer aquilo que você mesmo fez, afinal, é projeto, idealização e materialização sua.

Pois é, tudo é simples né? Com um piscar de olhos, com a alteração de consciência, percebemos que nem tudo é como queremos, nem tudo será como queremos, e que a maioria das coisas que se passam ao nosso redor são, de nós, absolutamente independentes, mas nos afetam de alguma forma. E tal forma somente nos afetará se realmente quisermos e permitirmos.

Ah!!! Vai lá que já tão no portão te chamando pra mais uma baladinha daquelas!...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Carry on my wayward son...

Quando nem um GPS te faz achar um caminho, auxiliado por um mapa, é hora de parar pra pensar. Pensar no quanto foi percorrido, no quanto ainda tem que percorrer, quais foram os caminhos tomados e, principalmente, onde se está agora e por onde se quer ir. Inúmeras possibilidades, inúmeros encontros e desencontros... Lembranças.

Pensando em curtíssimo prazo é o mais complicado. É mais complicado porque uma simples curva errada pode te fazer perder um longo tempo, pois a percepção de erro no caminho tomado pode ser tardia, e às vezes não há retornos tão próximos ao longo do caminho. Contudo, não se pode desesperar, pois sempre há uma saída, e somos nós mesmo quem as criamos. Mas sim, nem sempre é fácil enxergá-la. Leva tempo, aprendizado...

Sempre existem inúmeras belezas ao longo do caminho. Basta estar atento para admirá-las. Exatamente: se for rápido demais, não as verá; vagarosamente, pelo contrário, pode lhe fazer parar por mais tempo do que o desejado. A viagem não estará de toda perdida, mas terá que correr para recuperar o tempo, se assim desejar. Caso contrário, é preciso buscar pela velocidade adequada, à fim de que tenhas tempo para admirar a paisagem à tua volta e possa prosseguir em teu caminho.

Não é o caso de não parar, ou de correr para poder estacionar onde quiser. É caso de saber dosar o tempo, de saber apreciar o momento e saber quando parar.

Nem tudo são belezas e maravilhas, também. Existem aquelas paisagens que não são nenhum pouco atraentes. Mas elas ainda guardam suas belezas, seus encantos. É preciso saber apreciar o momento, buscar aquilo que teus olhos não estão lhe mostrando; aquilo que teus pensamentos estão fazendo questão de esconder.

Quanto às futilidades, saiba que tais considerações são feitas aos olhos do observador. Isso porque nem tudo que pra uns é importante, que deve ser pra outros. E exatamente neste ponto que surge a conceituação de fútil. Não digo quanto ao usufruto de bens materiais. Digo em relação aos sentimentos que certas paisagens nos despertam. Não precisam ser bons, tampouco ruins. Precisam é ser equilibrados em sua essência. Demasia desequilibra e desfaz a sensatez.

Paixão demais, raiva demais - obsessão e ódio. Intolerância, incompreensão. Futilidade? Quem sabe...

Termino com uma frase de Albert Einstein: "Para descobrir caminhos, é preciso sair dos trilhos."

Pense, reflita. Suas decisões lhe afetam em primeiro plano, mas as consequências delas se espalham a tudo que te rodeia.

ps: "Carry on my wayward son" é uma música da banda Kansas. Seu significado: "Continue meu filho rebelde".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aprendendo a perdoar

Negue tudo que você sempre soube, aquilo que sempre conhecer, aquilo que sempre viveu. Quando terminar, renegue tudo.

Martirize-se por todas suas escolhas, por tudo aquilo que fez e que deixou de fazer. Quando já estiver vencido, cansado, remoa tudo.

Ponha-se como a vítima em todas as circunstâncias de tudo aquilo que fora martirizado, de tudo aquilo que fora renegado. Assim, quando terminar, terás se transformado no mais impuro dos seres, mas, ainda assim, não deixarás de ser cultuado.

Disfarce, minta, finja, seja capaz de enganar, engane sempre a si mesmo; viva todas as situações como uma grande ilusão. Deixe que o barato saia caríssimo, que as pessoas te cobrem, sempre, que todas as realidades se tornem insólitas, que todos os momentos os quais vive sejam o mais sutis e efêmeros quanto lhe seja possível. Pise em ovos, desconfie de tudo.

Não ame, e também nunca se deixe amar. Também não seja tolo de acreditar e creditar à paixão suas mulheres e seus homens; tudo um dia acabará mesmo.

Desista dos seus compromissos, deixe tudo que você fez para trás. Trate a todos como não se trataria nem o mais sujo dos seres. Viva eternamente sozinho.

Não compre flores, não trate dos animais, não contemple nunca um pôr-do-sol.

Nunca se deixe levar pelas melodias sutis, nunca se deixe levar pelo singelo olhar de uma criança, pois o futuro fará com que ele se torne alguém, também, que irá te prejudicar.

Não... Não seja carinhoso com as pessoas, pois certamente elas irão se aproveitar de você. Ah, também desconfie quando te disserem que gostam de você: todas as vezes isso é só falácia.

Não vote em branco, não faça campanha para que votem. Apenas não vá votar, em nada, e em ninguém, pois nada nem ninguém vale a pena quando dependem de uma decisão sua.

Não pague seus impostos, não deixe, como disse anteriormente, que te cobrem por isso. Apenas saiba usufruir de tudo sem ser nunca notado. Mas não apenas usufrua: abuse, de todas as maneiras.

Não acredite nas leis, pois elas são feitas por aqueles renegados, lembra-se? Então, por que confiar, então, em um sistema renegado? Aliás, por que ser hipócrita para tanto? Não faz sentido. Mas sentido pra quê?

***

Pra que fazer sentido... Pra quê...? Se tudo termina, um dia, não é mesmo?...

***

As coisas que fazem sentido são justamente aquelas que mais passam desapercebidas por toda nossa vida, porque elas não nos atraem. Simplesmente já sabemos como elas funcionam, e não impulsionam perguntas, tampouco curiosidade de qualquer forma.

Ah... Mas as coisas que não possuem sentido algum são as que mais nos intrigam e nos fazem refletir, perder noites de sono, sofrer por amor, pela paixão, passar horas admirando o pôr-do-sol, passar noites em claro... Sempre com aquela pergunta a nos cutucar, diuturnamente!

E por que isso seria, então, bom? Porque é tudo o que nos impulsiona, todos os dias. Afinal, aquilo que questionamos é sempre aquilo que nos move. E pra onde? Pra vida, pra viver, pra construir nossa história, pra cravarmos nossos passos nas vidas futuras. Fazemos o presente, baseando-nos no passado, sem revivê-los, claro, instigados com o vir à ser, o futuro...

E qual o sentido de viver? Viver é a melhor coisa do mundo, amar e ser amado, sentir-se nas nuvens, ter "borboletas no estômago", nos sentir completos, sentir que alguém se importará conosco quando, talvez, um dia, ninguém mais se importe. E lembre-se sempre: esta pessoa deixará de se importar com você no exato dia em que ela deixar de se importar com ela mesma...

Por isso, se deixe amar e ame, faça e seja feliz, busque dentro de si a felicidade, as coisas boas, aquilo que realmente te importa, porque todo o resto irá edificar-se e solidificar-se com aquilo que há de mais puro e verdadeiro dentro de ti. E esses alicerces ninguém nunca destruirá, pois estamparão eternamente tudo que você escreveu...

Lembre-se: Reviver o passado é se esquecer do presente e anular se futuro... Saiba sempre perdoar...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De casa ao supermercado...

Não tenho a mínima ideia de como aconteceu, nem porque. Só sei que hoje não faria isso novamente. Não estou dizendo que nunca mais o faria. Apenas que não o faria novamente. Isso me deixa uma brecha pra novos velhos erros e velhas novas justificativas. Não que eu precise. Mas é sempre bom ter uma moedinha de R$ 0,25 no bolso. Emergência.

Era uma noite incomum; voltava de um passeio fantástico, algo inesperado, algo novo. E tudo aquilo, pelo menos pra mim, era novo. Havia uma magia no ar, nas pessoas. Coisas que, atualmente, não vejo mais. Sei lá, as coisas ficaram estranhas, caíram na mesmice. Mudando o lugar? Talvez. Apenas insistimos em levar os mesmos problemas e as mesmas soluções pra onde quer que rumemos.

Bom, incomum era aquele dia, aquela semana. Havia feito inúmeras coisas, todas de um jeito um tanto quanto novo, tudo com gosto de novo, com cheiro e cara de novo.

Começamos um dia, após uma música especial, após alguns acordes tortos. Me aproximei, cheio de vontade, iludido, caí na sua armadilha direitinho. Me envolvi, sofri, sonhei, caí... E, mais uma vez, tomei um tapa na cara, daqueles de deixar a marca dos dedos cravada na cara. Endureci, mudei minha postura, fiquei muito mais cético, com relação à tudo. Todo o carinho, amor e paixão deram lugar à minha ira, raiva, irritação... E eu comecei a me escurecer, a me apagar.

Percebi isso, mas o estrago que fora anteriormente causado deixou marcas muito profundas em minha essência. Está levando um tempo para recompor, mas eu chego lá.

Eis que, em um dia absolutamente normal, mas de certa forma atípico, meu telefone toca. Alguém trazia informações suas. E estarrecedoras, pra meu maior contente descontentamento, afinal, havia me livrado de ti. Uma parte queria, outra não. E nesse espaço o conflito se estabeleceu. Mas já está em vias de término, pois ambos exércitos foram dizimados. Degladiando-se diuturnamente, extinguiram-se.

O sol voltará a brilhar, não tão já. É preciso arrumar a casa antes de dar outro passo, antes de abrir totalmente a porta. Mas sinto que desta vez será uma experiência ímpar, inimaginável. Mas antes de pousar novamente, eu preciso voar, voar, voar mais um pouco. Há muito mais para conhecer do que o mero espaço entre minha casa e o supermercado...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Paixão, ainda que tardia!

Olha, pensa bem: já nem é tão tarde assim e eu estou com um desejo tremendo de ir embora, deitar na minha cama ao teu lado, enquanto sinto teu perfume se espalhar por todo o meu quarto, tomando conta de toda minha alma, enquanto você suspira de olhos fechados, com aquele leve sorriso nos lábios.

Já nem é tão tarde assim e eu perdi o pique de ficar sentado no sereno, vendo as garrafas de cerveja indo e vindo, na mesma celeridade em que os carros passam em nossa frente.

Nem chegou quatro horas e eu já nem tenho mais vontade de permanecer onde estou, pois meu desejo de te sentir, te beijar, abraçar, te acariciar, e ouvir seus suspiros sonolentos, é mais forte e mais dominador que a sedução da madrugada.

Não me chama tanto a atenção todas aquelas passadas que vejo, em meio a todos que transitam, que me faziam suspirar de paixão. Não. Toda minha paixão está agora concentrada em te fazer feliz, em somar mais um ao seu lado, em viver a vida junto a ti.

Não se passaram nem duas horas desde que nos despedimos, e eu já sofro com tua ausência.

Teu perfume não dissipa com a ventania, teu olhar me persegue em todos os cantos, tua voz embala meus sonhos e teu carinho me faz feliz.

Já nem tenho tanto o pique de outrora, pois tudo se concentra para conquistar cada vez mais teu coração. E nesta toada, te levo eternamente, minha paixão.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um caminho, uma escolha

De vez em quando, um aperto no peito me toma conta. Me sinto sufocar por todas as lembranças que o passado, às vezes, insiste em me trazer à tona. Relembrando todos os bons momentos que vivi, todas as pessoas que já conheci, os cheios, os gostos, todas as sensações, repentinamente, voltam a me rodear.

Não classifico como ruim, pois sei que todos têm isso na vida, em um dado momento, em uma via de inspiração; o vento entrando pela janela, a música que toca, e aquela sensação do vento batendo no rosto, e então, todos os rostos vêm à mente, numa profusão confusa de sentimento: continuar vivendo mas querer arrastar todo seu passado para se tornar o presente, e perdurar infinitamente até o futuro.

Devemos viver os momentos, de forma única, os bons e os ruins, e ter o passado apenas como referência, como algo que já se eternizou, pois, como já disse em outras situações, ele é imutável. O que podemos controlar é o nosso futuro, pois decidimos tudo aquilo que queremos ser, fazer, ver, vivenciar, para, somente então, o futuro se tornar presente e, num curtíssimo espaço de tempo, já virar eterno.

Que seja eterno enquanto dure. E que sua duração seja efêmera, pois só assim poderemos continuar caminhando adiante, buscando aquilo que desejamos e vemos como o futurno eterno, ou seja, tudo aquilo que faremos e que será eternizado.

E é justamente por isso que não devemos perder tempo com pequenas, tampouco grandes, coisas ruins e aborrecentes de nosso dia-a-dia. Devemos sempre separar tudo aquilo que nos é bom, daquilo que nos perturba, nos incomoda, pois somente com a mente tranquila é que encontraremos as soluções para todos os problemas que nos afligem, e também só assim teremos a clareza da visão para poder admirar as coisas que realmente nos importam...

Quando acordo todas as manhãs tenho duas escolhas: um dia maravilhoso ou um dia entendiante. Eu sempre fico com a primeira opção. Às vezes não dá certo. Mas até mesmo das escolhas erradas tiramos aprendizados enriquecedores.

Um conselho? Escolha ser feliz, sempre.

domingo, 26 de julho de 2009

Era braseiro

Abri a porta, você entrou. Ofereci o que tinha de melhor, você aceitou. Num dado momento, sem que nada diferente tivesse ocorrido, você simplesmente se levantou e foi embora à francesa. Sem explicações, sem nexo, sem carinho.

Momentos efêmeros, pessoas efêmeras. Apenas observando os eventos que as rodeiam, aguardando o momento certo para, então, dar o bote certeiro

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Então é assim?...

Algumas pessoas simplsmenste perdem o seu encamnto, justamente por tentarem ser alguém que nunca foram. E nem nunca serão. Andam esguias por dentre sombras de passados, achando que tudo permanece como sempre foi, sem importarem-se com o presente, que é algo concreto e palpável de algo que ainda está por vir.

E depois, nesse meio tempo vem você, irresignado(a) (pra que fique bem claro), me dizendo que eu não deveria ter feito isso ou aquilo. Mas estava você lá, no momento presente, ou no presente momento, para ditar minhas ATITUDES??? Não... Exatamente. Não venha me taxar, então, de alguém desprovido, de alguém descabido, de alguém sem propósito, pois pode conhecer-me desde criança, mas podes não saber de onde venho e o que pretendo. E isso me deixa, literalmente, e com o perdão da palavra, PUTO DA VIDA.

A minha vontade era de contracenar a violência física real, tal qual "absolutely fight club". Mas minha razão, como recentemente vem fazendo, fala mais alto. E digo: sorte sua. Sobrevivência, perseverança, atitude, respeito. Procure todas estas palavras dentro de ti, como algo que lhe faz falta. Quero ver se acha alguma delas sobrevivendo dentre os escombros sombrios de tuas luxúrias. Não... Certamente, não acharás.

E digo mais: não sou o único à vagar nas sombras, por dentre os escombros, procurando por algo etéreo para me desfazer. Mas posso te esclarecer que sou o único, dentre muitos, e muitos, que têm mais do que a absoluta certeza de que sabe o que está fazendo.

Eu nunca senti nada difernte por você, que não fosse um carinho, ainda que distante. Mas, de hoje em diante, você conseguiu fazer com que, pelo menos para você, minha visão das coisas mudasse. É, minha cara, já não te vejo mais como os olhos de outrora. Tuas ambições sucumbiram aos teus desejos.

Pois bem; fique com seu mundinho de faz-de-conta; fique com tua vida etérea; fique com teus pseudo-amigos, pois um dia, e digo com firmeza e absoluta certeza, tudo acabará em ruínas, e, mais uma vez, estarás caminhando por dentre escombros sombrios, procurando algo que já se esvaiu por dentre seus dedos...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Bolinhos de chuva e tempestades...

Tenho a sensação de que o tempo está passando incomensuravelmente rápido, e tudo à minha volta está mudando. Principalmente as pessoas que me orbitam com frequência. E o que me deixa puto da vida, grande parte do tempo, é não saber o porque de tudo isso, e não conseguir compreender o motivo de tudo.

Muitas coisas aconteceram, estão acontecendo, muita coisa mudou. Todos me perguntam se tenho algo novo a dizer, e eu sempre digo que não. E o porque desse comportamento mesquinho? Por pura falta de interesse de manter uma conversa, ou mesmo por achar que as mudanças que notei, que sinto, não interessariam passar por debates extensos, filosóficos e exaustivos. Mas a razão de tudo, mesmo, é que estou sentindo falta de algumas noites onde eu ficava observando o horizonte escuro à cintilar pequenos pontos de luz, com aquela companhia em especial.

Não. Tenho certeza de que meu problema não é a incompreensão. Não é a solidão, pois vivo rodeado de várias pessoas, que pensam de várias formas diferentes, mas que sempre se entendem de alguma forma diferente. Reluto em achar que alguma coisa diferente acontece, e que isso está me deixando, de alguma forma, perturbado, pois não quero aceitar o fato, simples e lógico, de que o tempo está passando e que, como tudo na vida, as coisas estão mudando junto.

Imbuído de um sentimento de apatia, é estranho a forma como vejo todos os dias o sol nascer, cada vez mais cinza, notar que meus cigarros não têm o mesmo sabor de outrora e que meu café já não mais ostenta aquele aroma que me fazia pular de alegria alguns anos atrás, logo que acordava. Ando não sentindo mais a motivação de percorrer todos os dias certos caminhos, por saber que, invariavelmente, no final, acabarei sentado em um banco de praça, solitário, a pensar em como tudo, um dia, teve a intensidade de um autêntico Technicolor...

Quando era criança, costumava ver todos meus heróis da TV perfeitos. Não notava as imperfeições como defeitos, não via o desenrolar das estórias com desinteresse, não sentia o tempo passar, não sentia os dias fluírem, pois tudo era uma eterna descoberta. E hoje? Tudo não passa de meras certezas fundamentadas na hipocrisia de poucos parcos heróis.

Dia a dia, onde estão as coisas mágicas, sensatas e simples, como bolinhos de chuva em dias de tempestade, temperados com açúcar, canela, cheiro de café pela casa, barulho de chuva, cheiro de chuva, perfume de vida, brilho de vida, tesão... Pra onde foi tudo isso?...

É... Um dia tudo volta a ser como outrora. O único problema nisso tudo, é aplacar a ansiedade enquanto se espera o tempo passar para que a próxima estação possa refazer de cor todo o jardim de nossa infância...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Não me chame, Tristeza...

Você me chama. Eu quero sumir desse lugar. Mas você insiste em me dizer que não adianta escapar, pois os problemas me acompanharão para onde quer eu vá. E eu levar-te-ei junto a mim.

Gostaria de levar somente os bons momentos, somente aquilo que pode ser palpável e tangível. Mas não consigo enxergar nada no meio de toda essa poeira, que cega meus olhos e não me deixa outra opção senão a de ver com meus ouvidos e tato, pois o gosto, já nem sinto mais.

Não há cores, não há formas definidas. Tudo que toco e tudo que ouço são apenas pedaços do todo, e desta forma eu construo em mim a imagem daquilo que eu acho que é certo, mas, como não consigo ver nada, não consigo ter uma exata noção do que está à minha frente.

Uma hora ou outra a poeira irá baixar, e será preciso caminhar com passos vagarosos para que tudo não volte a ser como está, um grande turbilhão de coisas inacabadas e imaginadas, que necessariamente não condizem com a realidade.

Ouço vozes distantes, vozes aproximadas, e com medo, distanciei-me do mundo ao meu redor. Não sinto nada, não penso nada, não tenho um foco definido. Pedaços de mim mesmo, sentidos confusos, pedaços de pessoas, vontade de viajar pra longe e ficar um tempo fora dos palcos. Acho que estou cansado de algumas coisas que vi, ainda que pela metade, pois se a fração já me pareceu algo distorcido, a construção do todo pode me surpreender negativamente.

***

"Tristeza, por favor vá embora.
Minha alma que chora está vendo o meu fim.
Fez do meu coração a sua moradia.
Já é demais o meu penar.
Quero voltar àquela vida de alegria. Quero de novo cantar."
("Xô Tristeza" - Composição: Heitor dos Prazeres)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Alface, molho pra salada ou ambos?

Eu olhava no horizonte por horas e horas seguidas. Sentia o cheiro da chuva que chegava junto com aquele vento quente e úmido de verão. Fim de tarde, sol se pondo, chuva chegando. E o que diabos eu estava fazendo ali, sentado na grama, sozinho, olhando pro horizonte, olhos marejados e apaixonados?...

Paixão. Nutri esse sentimento por quanto tempo e por quem? Então, por ninguém. Pelo menos eu achava que era por nada. Uma imagem que se refletiu em meus pensamentos e em tudo que eu olhava eu via um vulto. E, pasmo, a imagem era eu mesmo. Estive em verdadeira lua-de-mel, por mim mesmo por anos, sem que ninguém me abrisse os olhos. Mas foi ótimo desta forma, enquanto durou...

A expressão de tudo? A imagem, o cheiro, as cores, enfim, tudo o que eu via em volta, o que era? Tudo parte de mim. A minha simpática construção de um mundo perfeito que vaguei por anos, onde tudo era o mais perfeito possível. E todos eram felizes.

Mas, então, o que vem a ser a definição da felicidade, já que a falsa sensação de estar tudo bem é criada por uma inspiração profunda e interior de si mesmo? A felicidade, portanto, é aparente. Aparente, porque criamos um mundo superficial no qual queremos viver. Em um segundo momento, desenhamos as pessoas que vão habitar aquele mundo conosco, como elas reagirão e o que elas serão. Já em outra fase, escrevemos as falas, todo o roteiro e a apresentação delas para, somente então, começarmos a imergir nosso corpo nessa imensa ilusão.

Um dia, o encanto se quebra. Ou simplesmente, dura pra sempre. No entanto, o choque entre a ilusão e a realidade é tamanho, que se torna insuportável para algumas pessoas; umas retomam o ilusório sentimento de felicidade, outras entram em desespero e decidem se esconder pra sempre e outras simplesmente aceitam a realidade como algo que sempre tangeu esse mundo de faz-de-conta e começam a edificar sua verdadeira felicidade.

Tá bom. Não vou deixar tudo com a sensação de que nada é real. E isso também não condiz com um experimento "Matrix". Mas o mundo e as coisas que nele acontecem são realmente simples. Analogamente, somente comer a folha de alface, lavada, não tem muita "graça". Mas se você coloca sal, a coisa já muda de figura. Experimente ir colocando molhos, azeite, etc. O que era uma coisa sem graça se torna algo agradável.

E é assim com nossos problemas: sempre que eles surgem, existe apenas uma forma de resolvê-los, ou seja, um só caminho; o sofrimento reside em qual caminho escolher (http://focosnoturnos.blogspot.com/2009/06/porre-das-vaidades.html).

Seja rápido em suas escolhas, pois a vida passa muito rápido. As areias do tempo escoam por nossos dedos e mãos sem que venhamos a perceber as pequenas e maravilhosas coisas que passam ao nosso redor.

Vamos dormir de conchinha? Só por hoje...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dia, tarde e noite

Deu vontade de sair correndo, de sumir. Mas pra onde? E como sumir, se meus traços se alastram por toda a cidade? Com a estrada já percorrida, neste ponto, é impossível se disfarçar, ainda que existam inúmeros prédios que podem te mascarar, vielas escuras, pois alguém irá te achar.

A incerteza dos acontecimentos e das situações dá medo. Mas não dá pra deixar esse medo tomar conta de nós e fazer com que não consigamos definir uma situação. Incerteza é algo que pode ou não acontecer. Se as regras do jogo são expostas desde o começo, não há o que temer, pois você já sabe dos limites e das possibilidades.

Existem vários caminhos que podem ser percorridos. Mas preste atenção: "podem ser". E dentre estes, existem vários outros. Uma intrincada rede de encontros e desencontros. Basta apenas saber se o caminho daquilo que você procura irá realmente te levar ao ponto que quer, ou apenas lhe fará andar em círculos. E bater em volta do arbusto nem sempre fará com que os pássaros saiam. Mas também, nem sempre será possível tocá-lo para que isso aconteça.

Aplacar o espírito, sossegar as vontades. Uma saída para os problemas que aparecem diante de ti pode ser esta: aceitar que as coisas acontecem diante da vontade coligada de duas pessoas, e deixam de acontecer em razão de que nem sempre as coisas estão interligadas.

Viver intensamente, recordando o passado, e não revivendo-o. Reviver o passado é voltar sempre pra alguma coisa que já aconteceu. E se já aconteceu, não há nada mais a ser acrescentado à sua vida. Apenas refletir sobre os acontecimentos para poder vislumbrar os erros é que fará com que se ande mais adiante. Afinal, não é nos acertos que crescemos, pois estem servem para que nossa vida não seja vista como um grande equívoco; traduzindo: massageia o ego e nos dá a sensação de que trilhamos nossos caminhos com nossos próprios pés.

Pois bem, diga-se finalmente, deixe que a vida aconteça, deixe que as pessoas se façam acontecer. E, o não menos importante, um dia de cada vez, um segundo após o outro. Afinal, entre o dia 01° de janeiro e o dia 31 de dezembro, há um ano inteiro de realizações!

Bom dia, boa tarde e boa noite!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Porre das vaidades

Me perdi no meio de tanta nuvem. Nuvem de incerteza, nuvem de dúvida. E duvidava acerca de tudo, acerca de todos... Até onde mesmo aquilo me podia ser tangível?

Sentia como se tudo fosse se transformar novamente. Um sentimento contraditório, insensível, desequilibrado. Me perdi nos vários atos que aquela peça me proporcionou. No fim, acabei rindo de minha própria epopéia.

Apenas uma coisa, apenas uma solidez. Apenas uma coisa: a eternidade do passado, a superficialidade do futuro e a efemeridade do presente. Juntando tudo, nossa vida. Um desequilíbrio que tentamos equilibrar a todo momento.

De onde partimos pra pensar em tudo, e como definimos o que poderia vir a ser o tudo, se tudo temos e com nada nos contentamos? Não seria melhor nada termos para com tudo nos contentarmos?

O princípio se perfaz quando chegamos ao final. Final de alguma coisa, que pode ser tudo aquilo que sonhamos, ou nada guardar de características. Num momento, estamos interligados com uma pessoa, uma só. E noutro, já estamos deixando que nos sintonizem, e vamos sintonizando.

O contentamento é aparente, a sensação é ilusória. Mas nos agarramos a ela como se fosse o único e último fio de esperança a esperar pela próxima garrafa de cerveja. Ou, quem sabe, até mesmo mais uma dose de cuba. Ah, garçom, por favor, não se esqueça da fina fatia de limão no fundo do copo...

De onde você trouxe esse sorriso, essas vestes, e toda esta ideia? Porque me entorpece e me encanta com esse teu perfume, que se mistura ao seu cheiro... Ah... Quanta coisa que se passa numa só noite. E olha que o dia já foi embora...

As incontáveis maravilhas, as incontáveis maravilhosas manhãs, noites e tardes. Os incontáveis dias acinzentados. Uma desilusão. Um sentimento de raiva que toma conta de todo meu ser. Uma pessoa que me tira o sono. Uma pessoa que me faz dormir. Uma ambiguidade que até mesmo não se entende.

Me esvaí em lágrimas, perante uma plateia perplexa. Após inúmeros e incontáveis companheiros haverem passado por dentre nós, deixando-nos mais sensíveis que o normal. Ou melhor, quebrando nossas duras carapaças, deixando-nos expostos às intempéries da vida. Mas pude cauterizar todas as feridas, tudo aquilo que precisava ser fechado.

Atualmente, o mar está calmo. Mas se prepare, pois o tempo se move no espaço, continuamente, fazendo com que o granizo, os ventos e a chuva nos rondem a todo momento. Mas não se preocupe, como diz um provérbio chinês: "não se aflija às mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda".

Mais um drinque, senhor? Senhora?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Caótica Urbe Tresloucada

Caótica urbe tresloucada, cheia de seus estilos próprios para horas impróprias; que brinca com seus pares, mas os faz sentir me casa.

Leva-nos pra longe, trazendo cada vez mais amigos pra perto.

No vai e vem de suas pessoas, de seus carros, de suas meninas, me encanto com seu jeito abrutalhado, mas posso perceber todo carinho com que nos brinda diariamente.

Raios de sol, os mais variados sons, os mais variados pontos de vista.

Caótica urbe organizada, com suas esquinas, em suas demandas, em seus anseios...

Anseia por querer, um dia, ser parte de tudo, sem perder aquilo que há dentro de si, aquilo que lhe dá energia, aquilo que lhe inspira.

Ainda que esteja só, não me sinto abandonado, pois além de todos que me cercam, ó urbe suntuosa, ainda a tenho, para confortar-me nos momentos de loucura.

De nada valerá tudo aquilo que disser, se não provar todo seu sabor, se as lembranças não se consolidarem, se as pessoas não passarem.

De tudo o que passa, de tudo o que vai, tudo pode ser resolvido em sorrisos ou em lágrimas.
A lástima costuma causar, à cada um, aquilo que bem deseja, aquilo que bem quer.

Estou em paz, estou bem. Não me sinto solitário, não me sinto triste.

Carinhosa urbe simpática, que me recebe de braços abertos, com suas noites e seus mistérios, que se revela, dia-a-dia, mais amiga de quem sabe usufrui-la.

Os caminhos podem parecer longos demais, pode existir muita gente em ti, ó urbe magnífica, mas de nada adiantará tudo isso, se teus encantos não se mantiverem.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Perfeita imperfeição

Nos apaixonamos platonicamente por tudo aquilo que sabemos, ou temos certeza, de que nunca nos pertencerá. E apesar de soar como uma típica figura de pleonasmo, porque continuamos a pensar que tudo será lindo, perfeito, e que as coisas vão dar sempre certo, da forma como nós imaginamos?

As estrelas ditam o rumo dos navegantes quando há somente escuridão, assim como aos errantes. Mas de que adianta ter um rumo pra seguir, sem saber se ele realmente se concretizará? Uma pergunta puramente retórica, pois a resposta, creio eu, todos sabem. Ao menos, eu sei pra mim.

De que forma buscar aquilo que é inatingível, mesmo que alcançando-o possa nos fazer pensar se estamos mesmo no caminho certo? Uma desilusão pode desencadear uma tempestade de pensamentos. Certo dia, pensei haver chegado no lugar certo. Entretanto, assim que vislumbrei o lugar em que estava, padeci de tanta desilusão.

Essa desilusão, cômica em sua essência, fui eu mesmo quem havia criado, dentro de mim, como o mundo perfeito que eu sempre almejei. Mas a perfeição é imperfeita em sua essência, pois ela, para se concretizar, necessita da perfeição de outras pessoas, que podem não ser tão perfeitas assim no seu ponto de vista.

Significa dizer, então, que não se pode ser plenamente feliz e estar em paz consigo mesmo? Não, não significa isso. Significa dizer que, para atingir a perfeição, inalcançável até então, é necessário ceder alguns pontos, aceitar certas diferenças para, somente então, fazer com que tudo caminhe para aquilo que se almeja. Duas perfeições imperfeitas podem se concretizar no momento em que se toleram, se conquistam e se unem, com muito diálogo, cumplicidade e, acima de tudo, respeito.

Portanto, para que as coisas sejam perfeitas, é preciso que você saiba que não há perfeição sem imperfeição. E, por mais que você veja somente trevas, onde existem minúsculos pontos a te guiar, saiba sempre que existem sóis para te orientar, esteja onde estiver, afinal, o dia nasce para todos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Imperfeição da essência melancólica

Permita-se retornar sempre que quiser.

Permita-se fazer as coisas da forma como achar melhor.

Permita-se apaixonar, cair de amor por alguém que não lhe dá atenção.

Permita-se ser aquilo que você não é, por uma só noite.

Permita-se conhecer o desconhecido.

Permita-se permitir.

***

As escolhas que fazemos, as opções que temos. Tudo se conecta perfeitamente com aquilo que tentamos buscar, em vão conseguimos. Chegamos ao fim de tudo, sempre pensando que nos falta alguma coisa, em algum lugar. Caminhos errantes.

O fato de se aproximar e não estar tão perto assim. Não se sentir encaixado no contexto daquilo que você deseja, sem ter um conteúdo certo, sem haver um parâmetro sequer.

Compre minha felicidade, apenas para me ver sorrir, por um instante que seja. Abuse de meu corpo, com toda sua voracidade, e tente sugar minha alma. Esperança.

Há dias em que o tempo se deixa fluir. E flui de uma forma etérea, sutil em essência, linearmente sinuoso. Os segundos demoram minutos, as horas dias. Mas a ansiedade não diminui um segundo sequer.

A sensação de ter o pasto todo pra você, todos os cantos para você explorar, sozinho, em qualquer momento que seja, em qualquer hora. Inimaginável. Mas e o intangível? Nele está a perfeição.

Palavras perdidas no vento, todas conexas, mas de lados e formas diferentes. Iguais em sua essência, em seu teor. Suspiros apaixonados, suspiros saudosos, conteúdo pronto para uma música de amor.

Aquilo que se foi, já foi. Tudo passa, um dia. Tudo se vai, com o tempo. Assim como as palavras, que se espalham no ar, deixando aquela sensação de uma inatingível perfeição melancólica.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bolas de neve, música e cerveja...

"Caí da árvore, em cima de um cacto..."

É nessa toada que eu começo hoje. Com o mais perfeito dos acontecimentos. Acerca do epílogo acima, nada irei tecer. Deixo à imaginação do leitor o que pensar e refletir.

***

Nada vem gratuitamente, tudo tem seu preço. É um eterno jogo de conquistas e perdas; onde se perde alguma coisa, sempre alguém irá ganhar. Pois é, o equilíbrio agindo silenciosamente, deixando uns chorando, ao passo que outros riem.

Uns riem de si mesmos, outros riem dos outros. Nos primeiros, traços de afeto, nos últimos, traços de ódio. Afinal, tudo é equilibrado, lembra-se? Pois é.

Construindo o futuro, edificando o presente, aprendendo com o passado. E é por isso que eu não quero mais ir ao parque de diversões. Não agora, não hoje. Estive lá já. Pude ver quão iluminado e colorido é o seu carrossel; girei infinitamente em sua roda gigante. Os palhaços, apesar de meu medo confesso deles, me divertiram muito. Mas é isso. Um dia eu tive que sair de lá. Cedo ou tarde. Ou no momento certo, após aproveitar bastante.

A inconstância me faz pensar, e muito. Indecisão é uma coisa terrível pra mim. Ficar em cima do muro? Ou é sim ou é não. Porque indecidir-se? Existe uma objetividade dentro de você ou não? Então!? Adianta ficar oscilando entre um lado e outro sem escolher um dos dois? Não, caro leitor, você simplesmente não pode ter os dois lados ao mesmo tempo... Mais uma vez, lembra-se do equilíbrio?

No entanto, também tenho que pensar que não se é possível tirar alguém do parque antes do tempo certo, pois não cabe a mim decidir o tempo de lá permanecer. Bom, enquanto isso, aproveite as imagens. Todas elas.

Não, novamente. Não tenho nada a lhe oferecer além daquilo que já conquistei e mais uma porrada de sonhos insólitos. Mas que tenho certeza que um dia irei concretizá-los. Sim, pelo que me parece, estamos em tempos diferentes. Mas será? Não sei a resposta. Só sei que não me é possível ter os dois lados ao mesmo tempo. Questão de equilíbrio, meu caro. (risos)

Então, o que fazer? Bom, antigamente as civilizações primitivas acreditavam que o sacrifício de uma vida valeria pelas recompensas que iriam alcançar. Pois é, é o que você imaginou. Sacrifique-se ou sacrifique. O lado lógico disso tudo é que você resolve tudo de forma simples, rápida e lógica, pois na metafísica tudo é um eterno: mas será? E você consegue conviver com essa dúvida? Pois é. Mas eu não.

***

Sublime forma de pensar para não ser pensado.

Inconstante jeito de ser para não ser notado.

Filosófico para não ter que pensar.

Pensar para não precisar agir.

Agir para não precisar viver.

***

Espalhei aos quatro cantos o quanto estava... E continuo espalhando. Não me faço em devaneios, muito menos em pormenores. Não há árvores, moitas, muros, ou qualquer obstáculo em meu mundo. Não por ser público. Apenas gosto de ser eu mesmo. E isso me faz. Apenas me faz.

***

Nota: faça o menos possível quando as roupas não são suas. Mas não se esqueça que suas roupas também podem estar sujas.

***

O caminho nunca termina, não enquanto estiver de dia, enquanto se estiver acordado. O jeito é encarar com bom humor.

***

Fica uma dica:- *Artista: "Mike Doughty" - *Álbum: "Haughty Melodic".
É uma excelente pedida pra uma saída de carro, uma volta a pé, uma reflexão... Um momento solitário.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Absolut Non Sense - Momento de Ira, Dia de Fúria

Faça-me rir, sobretudo de todas as suas falácias e conquistas ridículas.

Popularize-me, como se um deus eu fosse, sem nunca eu haver pisado no Olimpo.

Coloque palavras nas bocas das pessoas, faça-as acreditar que tudo pode ser resolvido pela crença em alguma coisa.

Busque atitudes nas pessoas, esperando receber em troca tapas e pontapés.

Pense que eu sou um idiota, tratando-me como farsante em meio a todos.

Ignore-me na multidão, pisando em minhas idéias e escarrando em toda minha existência.

Nada disso faz sentido, como nada nunca fez, até agora. Num momento você acha que tem a situação sob controle. Noutro, acorda e percebe que não viveu nada até agora, pois sempre buscou o nada, quando deveria nada buscar.

A existência é a essência das mensagens, ocultas em cada gesto, em cada sorriso e em cada suspiro. O além não existe, e o que se foi, ficou para trás, assim como tudo o que está morto, deve permanecer morto, e não enterrado apenas.

Um dia de cada vez, um passo a cada momento e um degrau por dia.

Vagaroso? Não. Cauteloso.

Acompanhar um café com um cigarro singular, observar as pessoas rindo, enquanto por dentro, todos derramam lágrimas. A pretensão está em tudo, e a busca nunca cessa.

O além, o depois, a vertente de nossa existência, pois se existimos, temos que creditar que existimos por alguma razão, não aceitando simplesmente a existência como algo simples.

... Medíocre mesmo!!! Pára com isso vai. Aceita, apaga luz, fecha a porta e vai embora. Simples assim...

Não pense que reluto a cada dia para acreditar que tudo não passa de pesadelo. Mas aceitá-lo, e saber que ele faz parte do nosso dia-a-dia é temeroso. Mas lutar contra isso, agora eu vejo, é ridículo, inevitável.

Que dia idiota. Coisas vazias, idéias sem sentido algum, lugares sem cor, sem sabor, pessoas vazias: eu vazio. Vazio de sentimentos, niilista, especialmente hoje.

Perceber que o dualismo sempre foi parte de sua existência, em todos os lugares, e em tudo o que você toca, e perceber que esse dualismo é uma pura existência de uma doutrina que se iniciou anos e anos atrás? Manchada pela interpretação e interesses mesquinhos de alguns, em detrimento de vários. Condenação ao pensamento livre, à livre manifestação.

Pensando bem, o livre arbítrio está fixado onde? Nas paredes das casas? Nos vitrais das igrejas. Ou ainda, em São João Del Rei? Não... Metafísica para explicar coisas simples? Complicar a vida e a existência com o sofrimento... Em troca de alguns trocados, onde tudo se dá, nada se recebe, para receber depois. Quanta coisa ridícula... Niilista, mais uma vez, eu repito.

--------------------***

O dia não foi legal. Já acordei puto da vida. Com tudo. Comigo, com meus sapatos, com o carro que ia na minha frente. E o engraçado é que eu não consegui rir em momento algum. Mas fingi estar bem, em alguns lugares e pra algumas pessoas. Vivi um dia absolutamente incomum de mim mesmo.

Onde está a cor, o cheiro, o sabor? Nada. Tá tudo em PB, bem figurado como positivo e negativo, bem e mau. O que mudou de ontem pra hoje? Absolutamente nada. Nada aconteceu. Ninguém me disse nada. Mas, pensando bem, acho que tomei um tapa na cara da minha hipocrisia e quebrei um paradigma meu. Me fez pensar, F.N.

Ainda não conheço Zara, mas espero que com ele possa entender mais algumas coisas. E outra coisa, antes que digam sandices a meu respeito: ainda não terminei de ver tudo. Há muita coisa por vir, eu sei. To instigado a conhecer, a me tornar mais ácido, a me tornar mais racional, a me tornar mais humano.

Me sinto um idiota às vezes por não conseguir fazer tudo que tenho vontade. Mas será que eu não fiz mesmo? Será que eu não fiz tudo aquilo que tinha vontade, mas de uma forma diferente do meu eu? Sim, acho que sim. Contento-me em me sentir bem. E eu não estou me sentindo bem hoje...

----------------------***

Sim, tava gelada. Foram duas. Mas não foram a salvação. As pessoas ao meu lado me pareceram tão próximas a mim, mas eu sabia que tinha muita coisa ali que eu não conhecia. Mas pra que eu precisava, e preciso, conhecer, se o pouco que vi já me deixou contente?

Preciso entender que eu não posso abraçar o mundo. Que eu não posso fazer todos felizes. Que, ainda que eu esteja bem, as pessoas a meu redor não são obrigadas a estar bem também.

Preciso me conformar em ver que nem tudo é puro, nem tudo é real, e nem tudo é imaginário.

Preciso compreender minha essência. Preciso me entender. Preciso me realinhar.

... Meu eixo sumiu...

-----------------------***

Aquele que nunca firmou seu próprio degrau, que conforme-se em estar no início;
Aquele que construiu alguns, que ajude quem está no início;
Aquele que já está quase no topo, que tenha paciência para com aqueles que ainda estão subindo.

-----------------------***

** Se eu precisar conversar, desabafar, ou qualquer outra coisa que seja, deixa que eu falo **

** Outra coisa: NÃO É NADA COM NINGUÉM **
Não tentem me impor qualquer coisa que seja: ISSO ME DEIXA PUTO DA VIDA E IRADO DE RAIVA!

-----------------------***

The End: o monte Olimpo, aqui expresso, é mitologia.
Não tente entender. Compreenda e reflita. É melhor.
Idiossincrasia não se discute nem se tenta mudar, tá?
Por fim, ficarei ótimo.

Obrigado por me ouvir.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Noites claras, focos noturnos

À esta altura, todos devem estar dormindo seus sonos mais profundos, vivendo as fantasias mais sórdidas e intrincadas que qualquer pessoa possa imaginar. Uns voam, outros transam, e alguns até tocam gaita. Mas o que realmente importa, é que enquanto todos dormem, eu fico aqui observando tudo.

Na medida que o tempo passa, as horas caminham devagar rumo ao infinito. Como estou sem sono, procuro alguma coisa pra fazer. Folheio livros, pego revistas, ligo a televisão, ouço uma música, tento escrever. Nada me dá tesão. Nada.

Desencanado, tomo um copo d'água e vou até a sacada ver a noite. Adoro ver as estrelas. Mas encheram de luzes na marginal, então o brilho delas se ofusca e confunde com o forte brilho dos holofotes marginais, beirando o rio que, infelizmente, não consigo ver.

Bom, absolutamente absorto em meus pensamentos, devaneio sobre todas as coisas que aconteceram, tudo que pode acontecer, e faço planos, desenho ideais e ideias, traço metas. Pra que? Bom, eu também não tenho a mínima ideia, já que eu nunca consigo segui-las.

E reparando nisso, eu vejo que não tem muito sentido em se estabelecer pequenas e médias metas, pois é o acaso que vai te moldando no dia-a-dia, já reparou? Você planeja o seu final de semana durante a semana, e a sua semana durante o final de semana, mas você nunca faz nada daquilo que havia traçado. Então, chegando na minha derradeira conclusão, o negócio é deixar rolar.

A noite avança, ainda que as horas seja vagarosas em seu caminhar. Quando percebo, já são 03:00 da manhã, e eu tenho que acordar às 07:30 e me preparar pra um compromisso às 09:00. Mas não tem problema. Filosofar dentro de você mesmo só faz crescer aquilo que você tem e que você já é.

Neste vai e vem das horas e do tempo, o sono vem chegando. O tempo bate 03:20 e já estou na cama. Despeço-me de mim, com um singelo boa noite, agraciado de carinho, afinal, eu mereço.

Encosto a cabeça no travesseiro, suspiro de amor e de paixão, penso em alguma coisa boa e me junto àqueles cuja passagem narrei no começo...

Boa noite! Bons sonhos!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Onde as pessoas más vão quando morrem?...

Eis que me deparo em meio a uma estrada rural, de terra batida, cuja poeira se levanta enquanto o carro vai passando, deixando pra trás tudo aquilo que tínhamos de ruim dentro de nós mesmos.

Fluindo por dentre densos capinzais. Imagino então a distância percorrida, centímetro a centímetro. Conto com a ajuda das estrelas que pontilham toda a abóbada escurecida pela noite.

Destilando doses de sarcasmo, mascarando todas aquelas faces estranhas e inquisidoras, segui adiante, pensando em como tudo está perfeito. Nada poderia me alcançar naquela hora. Nem mesmo o vento.

Ainda assim, estava frio, e eu sentia todos os meus dedos congelando, em estado de êxtase, mesmo os dos pés. Tudo aquilo não me era novo, mas eram sensações em momentos distintos.

Enquanto ia pela estrada, imaginava como o mundo anda tão complicado. E há tantas pedras nesta estrada, buracos... Ainda bem que não há palhaços. Não os suporto.

De repente, senti uma mão em meu rosto. Ao olhar pro lado, a sombra de um sorriso que se espelhava no vidro, tendo como dinâmica as grossas tosseiras de mato.

Após um tempo andando, vi luzes. E tive medo, pois não sabia direito onde estava. Não que estivesse perdido. Mas também não conseguia me achar. Meu Deus: cadê meu GPS!???

Recobrando-me do susto, vendo onde eu estava, vi que estava tudo bem. Momentos após, um som me chega aos ouvidos; batida conhecida, timbre da guitarra com aquela distorção... Hmmmm, só curtindo o momento e a paisagem, que cada vez se mostrava mais insensata. Só a estrada fazia sentido. Mas não me incomodei.

Após um breve trajeto, com uma breve ligação que me deixou mais feliz, cheguei ao jardim, admirando toda sua beleza em toda sua plenitude... E nas águas calmas daquele lago artificial, vi minha imagem distorcida, cheia de brilho dos postes, cercada de peixes sonolentos e agitados.

Enfim, fui embora. Ainda que não quisesse, mas eu sabia que tinha que ir. E a única coisa que eu tinha certeza, naquela hora, era a de que os levava em meu coração.

sábado, 25 de abril de 2009

Um brinde ao amor, à amizade e à paz...

De nada que se aguardava, nasceu a esperança. Paciência, já havia sido dito a mim para que a mantivesse comigo, e soubesse aguardar pelo momento certo, na hora certa, que tudo daria certo.

É bom pensar no futuro, e necessário também, pois é preciso ter foco em alguma coisa e saber para onde se está indo. Pensar apenas no presente fará o aqui e agora, mas não o amanhã. E pra que tudo aconteça bem, tem que ser pensado e transparente desde o começo.

A sinceridade aflora, todos parecem saber, mas, na verdade, como podem saber, se nem nós mesmos sabemos? O tempo fará seu trabalho, e o que se deve ter em mente é que cada passo deve ser pisado em seu tempo, senão nos desequilibramos e corremos o risco de cair. Caindo, podemos nos machucar. Negativo.

Aproveito o momento como se fosse o último, pois inconstantes, buscamos um no outro aquilo que nos falta. Mas tenho em mente que nos complementamos, nos encaixamos. Os espectadores enxergam mais além do que os personagens podem ver, pois nesta situação, o foco é único. Já para aqueles, há vários ângulos de visão. Mas, de toda essa situação, somente os personagens principais podem movimentar as peças do jogo e fazer com que tudo faça sentido.

##----------------------------------------------------

Um sentido. Sentimento. Sinto-me plenamente perfeito, mas com ressalva. Estou mais cético, mais centrado. Continuo sentindo e sofrendo intensamente, mas de maneira mais branda que outrora. Mudei, e posso agora perceber o quanto. Saí de minhas velhas e viciadas carcaças, encarando novos desafios de cara mais limpa, enxergando um mundo mais simples e menos complicado do que aqueles mitificados pelos romancistas.

E vou... Sigo em busca da felicidade, da eterna descoberta. Reinventando, refazendo, repensando, relendo. Refaço meus passos todos os dias, podendo ver todo o solo que fora pisado, pedra por pedra, flor por flor, à fim de que quando me puser a andar novamente, que eu possa estar mais atento àquilo que está ao meu redor.

###---------------------------------------------------

A perfeição não existe, pois há opiniões e pontos de vista diferentes dos seus. Mas o que importa realmente é poder alcançar aquilo que buscamos. E, caso um dia venhamos a conseguir fazer as coisas como planejamos, ou superar nossas expectativas, aí então atingiremos a perfeição.

Ame, se deixe amar... Seja eterno, seja sublime...

Amor. Amizade. Paz.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Navegar é preciso. Viver também o é.

Acabo de ler um blog (http://insideofus.blogspot.com/) que me fez pensar. Pensar em como podemos observar as coisas que acontecem ao nosso redor de várias formas diferentes. Ver as situações se desenrolar de um outro ângulo, poder perceber que nem tudo é como esperamos, e mais: achar que podemos controlar nossos destinos.

Nem tudo passa desapercebido. Nem tudo muda com o tempo. Nem todas as pessoas têm boas intenções. E, ainda dentro de todo este contexto, encontra-se o resto de nós todos, efervescendo de paixão e emoção.

Cuidamos muito mais daquilo que achamos que precisamos, do que aquilo que realmente precisamos. Olhamos muito mais em volta, do que para dentro de nós mesmos.

Isto me faz chegar a uma conclusão: o que está dentro de nós é parte de todos que nos rodeiam. E com isso, creio que nos relacionamos com a mesma intensidade e vibração a todo momento com todas essas pessoas. Mas, se por algum motivo, esta intensidade se alterar, logo direcionamos ou distribuímos o peso dela para outras pessoas que estão neste círculo.

Há momentos em nossas vidas que temos certas pessoas ao nosso lado, com uma maior frequência que outras. E em outros momentos, outras pessoas. E de todas elas, algumas só vêm acrescentar nosso campo de visão.

Desta forma, acredito que uma gama variada de pessoas com as quais nos relacionamos pode nos fazer ver muito mais daquilo que estamos acostumados, e quanto mais podemos ver, e entender também, mais podemos compreender.

Da compreensão da razão, passando à emoção, somos passionais nos extremos, dedicando-nos em vários momentos por situações efêmeras, mas que nos dão prazer momentâneo, pois é isto que continua nos movendo - a força motriz interior.

Quando a paixão se sedimenta, vivemos o porto seguro, lugar onde sempre voltamos nossas naus após a navegação, que nos abastecem com palavras e nos resgatam à razão.

Portanto, sempre que navegar em águas calmas, tenha-me em seu coração, sabendo que, caso uma tempestade venha lhe interpelar em meio à sua jornada, estarei com todas as amarras prontas, recebendo-lhe de braços abertos!

terça-feira, 24 de março de 2009

Veni, vidi, vici

Aprendi que não se deve dizer não antes de uma frase; aprendi também, que devemos ser claros, transparentes com as pessoas, sem sermos rudes.

Caminhando, percebi que as coisas, às vezes, tomam proporções homéricas, e não cabe a nós, se não somos seus criadores, de querer fazê-las voltar de onde vieram; que quando criamos, somos responsáveis por nossa criatura.

Seja o que for, teremos que reparar os danos com paciência e receber os elogios com sabedoria de tudo que nossa cria venha a produzir, seja bom ou seja ruim.

Pude notar que algumas pessoas apenas te veem, outras te observam, e algumas te entendem;
e estas últimas, são as que nós menos damos importância.

Então, depois de notar, pude aprender que nunca é tarde para dizermos para essas últimas o quanto elas são queridas por nós.

Senti que uma atitude simples, se feita da forma errada, pode machucar mais do que qualquer flagelo físico. E que a dor desse machucado vai durar muito tempo, mas que você vai aprender como nunca com ele.

Ouvi palavras que podem ecoar por meses em nossa mente antes de se apagarem definitivamente, mas também percebi que há uma forma de apagá-las muito rápido: perdoando.

Tive atitudes que nem o menos expressivo cavaleiro teria, e aprendi com elas que as coisas, às vezes, não saem como achamos que sairia.

Mas também tive boas atitudes, boas ações. E a maior e mais prazeirosa lição que aprendi com todas elas foi a de fazer coisas boas sem se importar com a matéria, mas com a pessoa.

Amei demasiadamente, como louco. Fui apaixonado, fui doido de paixão. Voei alto no céu, tudo tinha mais vida, mais intensidade. Cada momento sentia como mágico.

Também tive meus desamores. Vi pessoas queridas saírem e entrarem na minha vida. Pude conviver com o gosto amargo da desilusão, do amor não correspondido. E por estar blindado neste momento, não senti o carinho, apenas raiva... E perdi pessoas preciosas.

E ainda que tenha visto, ouvido, sentido, falado tanta coisa, ainda sei que há tantas outras que precisam ser vistas, ouvidas, etc., e que serão muito mais coloridas e intensas, pois todas elas terão sua importância em meu, ou nosso, destino.

O que posso dizer, por fim, é que tudo que tem o seu lado ruim, também tem o seu lado bom.

Por mais que, momentaneamente, não consigamos enxergar o que o mundo ao nosso redor nos mostras, mais cedo ou mais tarde iremos perceber. E veremos o mundo com os mesmos olhos de criança de outrora: tudo colorido, cheio de vida, de cheiro, até cruzarmos outros caminhos e contarmos tudo isso para a(s) pessoa(s) que encontrarmos neles.

Veni, vidi, vici.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A exclusão

A última postagem se foi, como tudo aquilo de ruim que eu estava sentindo... Não tinha gostado dela, e ela não acrescentou nada de interessante neste blog.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Friday 13th

Numa sexta feira, duas almas errantes, uma história, biritas, música e acontecimentos...

É, meu caro!

segunda-feira, 2 de março de 2009

A gratidão dos ingratos

Amanhã eu vou acordar e tudo vai ser diferente. Os sons estarão mais alegres, as pessoas vão me dizer bom dia na rua, os carros vão parar pra que eu passe na faixa... Enfim, tudo será melhor do que como estão. Mas não fica. Essa impressão que temos não passa de mera expectativa de mudança, afinal, estamos começando "uma vida nova".

Porém, não basta achar que o destino se encarrega de tudo, pois as coisas só mudam se você assim o desejar e fizer com que aconteça. E infelizmente, como tudo na vida, as mudanças carregam consigo alguns fardos, difíceis de engolir no começo. Mas suportáveis e até interessantes após um tempo.

Algumas pessoas, certamente, vão parar de falar com você por achar não têm mais contato, e que não têm mais nada a acrescentar no cotidiano delas. Então, você passa a perceber o quanto essas pessoas lhe assistiam como um mero acompanhante, simplesmente algo a mais no cenário das coisas.

Outras, lhe dirão palavras de conforto, logo no início. Lhe perguntarão se é isso mesmo, se tudo está concretizado, se está tudo certo, se você tem certeza da posição que adotou. Logo, elas vão começar a duvidar de você e de suas atitudes para, então, passar a te analisar com outros olhos. E o importante nestas horas é focar em você, naquilo que você escolheu, na sua opinião, em sua personalidade.

Poucas pessoas continuarão ao seu lado, sem que nada se altere. E se você parar pra prestar atenção, elas sempre estiveram ali, do teu lado. Mas a confusão de pessoas, de ideias e de ideais, naqueles momentos pelos quais você passou não lhe deu oportunidade de ver a situação como um todo. E estas pessoas sempre estiveram com você: seja em pensamento, em SMS, em telefonemas, e-mails, enfim, sempre deram um jeitinho de te dizer: "Oi cara! Tô por aqui! Sei que está tudo bem aí mas, dá uma ligada! Saudade! Abraaaaço!".

Então, o importante nisso tudo é saber ver a situação para, depois de entender o que aconteceu, saber quem te rodeia, o que querem, pra que e onde foram importantes estas pessoas no momento em que elas passaram por sua vida. Algumas delas pegam carona em seu coração indefinidamente, outras já estavam lá. E muitas, sem que você se desse conta, já desceram há muito tempo em outra estação...

Reflita, pense, analise. Todos os momentos têm um propósito e uma razão de ser e existirem. Por piores e melhores que sejam, sempre nos transformarão se soubermos aprender com eles, após analisá-los.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Status quo ante

Então, repentinamente, tudo volta a ser o que era antes. Todas as coisas que acreditávamos começam a fazer sentido novamente, o vento traz a sensação de esperança e novidade. E bastam alguns minutos de reflexão pra se notar que as coisas começam a voltar pros seus devidos lugares.

Sentir-se mal faz parte do jogo, faz parte da vida. Desta forma, pode-se quebrar a rotina dos longos e entendiantes dias em que nada acontece.

Há um certo momento em nossas vidas que tudo parece dar errado. E dá mesmo! Não adianta lutar contra. O que se pode fazer de melhor neste período é olhar para as situações e ver o que está acontecendo realmente, o que pode ser mudado em nossas vidas para que tudo possa voltar a fazer sentido. E não, não é fácil... Mas não custa tentar, não é?

Focar-se em nossos erros e achar que somos um erro em nós mesmos é perder tempo e fechar as portas para novas oportunidades. Se as coisas não aconteceram do jeito que se esperava, ou se aconteceram da forma como não queríamos, não significa que todo o projeto tenha dado errado. É apenas o final para um novo começo.

Não desanimar, ter forças e amigos para continuar caminhando, descobrindo novos horizontes, nesta fase, é o que importa. Nada de abaixar a cabeça e deixar que tudo se torne escuridão.

Mudando um pouco o foco, mas dentro do assunto ainda, algumas pessoas têm atitudes que nos deixam chateados, tristes, magoados. Mas eu lhe pergunto: vai adiantar ficar sofrendo por tudo isso, sendo que há pessoas maravilhosas e situações tão deliciosas ao teu lado? Focando-se nestas situações ruins, você perderá a oportunidade de conviver com essas pessoas e esses momentos, e passará a pensar que só há escuridão, onde na realidade há muita luz.

Portanto, muito do que sentimos está no que pensamos. Repito: é difícil não pensar em coisas ruins, mesmo porque elas nos rodeiam tanto quanto as coisas boas - lembre-se que tudo na vida é um equilíbrio e, assim sendo, há tantas coisas boas quanto coisas ruins. Um fracasso não significa necessariamente uma força totalmente perdida, bem como o sucesso não significa segurança. É preciso equilibrar os pensamentos, as forças, medir a intensidade com que as coisas acontecem para, então, e somente então, fazermos acontecer.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Muito obrigado...

Obrigado por me fazer acreditar que era possível.

Obrigado ainda, por me dizer que eu conseguiria,
que nada era impossível, e que as possibilidades eu as criaria.

Obrigado por aguentar minhas noites de mau humor, meus dias.

Obrigado por manter acesa a chama que me guiava nos períodos escuros.

Obrigado por acalmar minha raiva em meus acessos.

Obrigado por me mostrar que o mundo não é um lugar totalmente ruim,
que as pessoas podem ser amigas sinceras umas das outras.

Obrigado por plantar em mim a simplicidade de meus atos,
a cumplicidade de meu olhar, o amor de meu suspiro.

Agradeço também por viver a meu lado por tanto tempo,
por não ter me abandonado em momentos que nem eu me aguentava.

Agradeço pela pessoa especial que você foi, e que ainda é.

Agradeço por respeitar meus momentos, minhas decisões.

Enfim, agradeço por ter vivido comigo e ao meu lado.

Reiterando: Muito Obrigado!

A insegurança introspectiva bagunçada

Posso tomar cuidado, posso cuidar de você. Posso ser cuidadoso, mas nunca mais a terei.

O fato é que não existem mais assuntos para serem resolvidos. Mas você ainda ousa pensar em mim, em querer me ver, me sentir, pela primeira-última vez. Mas não tem como... Nós nos propusemos a chegar até o final da prorrogação. E o jogo acabou. Empatado. Mas acabou.

Aceitar o fato, ver as coisas com clareza!? Não há razões para tanto, já que nada se faz com o que se tem, e se ainda tivessemos alguma coisa, nada faríamos, pois não temos energia para tanto.

Uma das únicas coisas que fazem sentido pra mim são os momentos, raros, de mim pra mim mesmo, onde eu me encontro com uma pessoa estranha, sem sentido, mas totalmente irreverente.

Eu já tinha ouvido isso antes, mas o sentimento de estar sozinho em meio à multidão é bem mais forte quando você sabe o que você está sentindo. E não faz sentido algum; as horas não passam, as bebidas não têm gosto, as risadas não são tão coloridas, as pessoas não têm sentido, e você menos ainda.

É como uma pintura desfigurada de si mesmo, algo como um ser interior que vem e te atrapalha todas as vezes. Não que ele atrapalhe de verdade, mas como que te ocupasse inteiramente, lhe consumisse tudo o que tem. Bom, obviamente acaba atrapalhando...

Fico tentando entender o que se passa a todo momento. Eu to cheio de idéia, cheio de inspiração, mas não consigo canalizar nada dessa energia. E estou à ponto de explodir. Preciso descansar, relaxar um pouco. Mas eu vivo tenso, tenso, tenso...

O que eu devo fazer, na realidade, eu já sei. Mas então porque diabos eu não faço o que eu sei que tenho que fazer!? Por pura preguiça e insegurança. Insegurança comigo mesmo.

Desde um dado momento, nada em minha vida ficou ruim, fútil. Muito pelo contrário; eu me descubro cada dia mais. Mas será que eu gosto do que eu vejo? Qual será minha "verdadeira" identidade comigo mesmo? O conflito é introspectivo.

Acho que falei muita coisa sem sentido, tem muita coisa que não deveria estar aí no meio dessa bagunça. Mas dizem que espalhamos o que estamos sentido. E isso tá me incomodando: uma verdadeira bagunça!!! É... Tá na hora de limpar o quarto...

Esperança, ainda que tardia!

Acordei com uma sensação estranha. Um sentimento de haver perdido algo que há tempo não tenho. E aliás, nunca tive, pois não é uma posse que se possa simplesmente "ter". E como todo dia acontece, o sol nasceu pra mim também, e tinha muita coisa pra ser feita.
Perdi o foco de meus pensamentos logo, logo. Não tinha tempo, tampouco condições de ficar focalizando alguma coisa insólita, insensata e não querida. Não que seja falta de carinho, mas eu cansei de sofrer.
Sofria calado, demasiadamente triste e chateado. Não tinha vontade de muitas coisas e me tornava cada vez mais uma pessoa amargurada e triste. A situação não era boa pra ninguém, mas ainda assim insistíamos cada vez mais em nos manter. Apenas isso.
Atualmente é uma situação paradoxal ao que acontecia outrora. Me sinto livre, liberto, mas ainda sinto algumas amarras que me seguram. O baque será forte, mas sem problemas; ajuda é o que não me faltará. O que me deixa refletindo acerca de tudo são os fatos que se passam. Entretanto, tenho terras e terras para conhecer e descobrir.
Então, o fato de olhar pra trás me deixa feliz em saber que pude aprender, que pude extrair boas coisas das situações, dos problemas e das pessoas. Não posso me focar nas partes ruins pois a imagem final será desfigurada. E não é isso que merecemos. E também não posso dizer que "não deu certo". Apenas foi uma história que terminou para que outras várias comecem.
Minha preocupação é infindável. Mas meu destino, meus sentimentos e meus afazeres são mais importantes, pois para ajudar a todos eu preciso estar bem. E estar bem significa resolver minhas pendências. Nem que isso me custe vários segundos de meus dias...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Discordância Fútil - Fútil Discordância

Posso discordar, mas jamais tenho o Direito absoluto de rechaçá-lo. Posso divergir de teus modos, virar o jogo a qualquer hora, mas jamais poderei lhe faltar o respeito. Posso formar o jogo de qualquer jeito, quão bom ele pareça, quão cruel que ele possa se tornar.
Não me torno um qualquer, não venho querer virar um mártir. Lutar por ideais vazios, sem sentido aparente, tampouco conteúdo. Não venho querer me esconder por dentre pilhas de papel, que nada acrescentam em coisa alguma. Mais uma vez, sem sentido.
E sentido pra quê, já que sempre queremos ser livres, conquistando a liberdade sem que vejamos nossa própria sorte. Os momentos, às vezes, se mostram mais nítidos do que vemos, e quando vemos, não acreditamos por ser fácil demais.
Aproveitar o momento, acreditar na facilidade, não menosprezar seus sentidos, mas nunca cair na imbecilidade. A futilidade aparente parece ser um bom artifício para atrair os bobos, que encantados em achar que fazemos o errado, se iludem em nossas palavras vazias.
Mais uma vez, de outro modo, ainda que aparente, sonho. E sonho com alguma coisa, que ainda não sei o que é...

Ale, poderosa e irresistível

  • Stout: escuras ou pretas, têm como maior representante a irlandesa Guinness Stout. As stouts se dividem em três estilos. O primeiro, dry Irish stout, são aquelas cervejas irlandesas secas, encorpadas, cremosas com toques de caramelo e café, teor alcoólico entre 3,8% a 5%. Outra ale importante é a foreign style stout, que em tudo se parece com a dry Irish, porém é dotada de mais álcool - 8% a 11%. Tem ainda a Imperial Stout, elaborada para agradar ao mercado russo, co interessantes sabores de alcaçuz e frutas, e teor alcoólico também entre 8% e 11%. Exemplos: Guinness (Irlanda), Anchor Stout (EUA), Black Chocolate Stout (EUA), Coopers Stout (Austrália), Murphy's Irish Stout (Irlanda).
  • Porter: diz a lenda que esse estilo de cerveja era o preferido dos carregadores londrinos. Deve ser verdade, se considerarmos que eles (porters) barizaram a bebida. A cor vai do castanho ao preto. A principal característica da porter são os arms de café e chocolate. Exemplos: Bert Grant's Perfect Porter (EUA), Porterhouse Plain Porter (Irlanda), Burton Bridge Porter (Inglaterra).
  • Ale da Bélgica (Belgian Ale): é uma vocação da Bélgica. São cervejas artesanais, bem diferentes entre si. Muitas ainda são fabricadas em mosteiros. Algumas têm copo certo de serviço, o que as tornam ainda mais especiais. Exemplos: De Koninck, Hoegaarden, Palm Speciale, Petrus Speciale.
  • Brown Ale: primeira cerveja de fabricação inglesa. Tem pouco lúpulo e sabor levemente adocicado, com toques de nozes. Exemplos: Newcastle Brown Ale (Inglaterra), Lietmans Kriekbier (Bélgica).
  • Pale Ale (Ale Palha): abrange uma grande variedade de cervejas. De origem blega, é uma bebida mais clara, o que a diferencia das cervejas marrons e pretas. Podem ser (suave), mild ale (suave), India Pale Ale (amarga) e American Pale Ale (amarga). Exemplos: Bass (Inglaterra), Sierra Nevada (EUA), Worthington White Shield (Inglaterra).
  • Scottish Ale (Ale da Escócia): cerveja doce de sabor maltado, com toques defumados. A cor vai do ouro ao castanho, mas existem ainda as escuras - Strong Scoth Ale ou Wee Heavy - com teor alcoólico entre 6% e 9%. Exemplos: Flying Scotsman, Caledonian Scoth Ale.
  • Bitter: cerveja amarga, com cor que vai do âmbar ao cobre. Exemplos: Marston's Pedigree (Inglaterra), Fullers London Pride (Inglaterra).
  • Altbier (cerveja velha): típica da cidade alemã de Düsseldorf, tem cor castanha e sabor delicado de lúpulo e malte. Exemplos: Alaskan Amber (Estados Unidos), Budel's Alt (Holanda), Schlösser Alt (Alemanha), Urige Alt (Alemanha).
  • Barley Wine: vinho de cevada. São cervejas fortes (8% a 12% de teor alcoólico), com muita presença de lúpulo e malte no sabor. Como um vinho de guarda, podem envelhecer por anos, período em que ganham complexidade. Exemplos: Bass N° 1 (Inglaterra), Thomas Hardy Ale (Inglaterra) Young's Old Nick (Inglaterra), Sierra Nevada Big Foot (EUA).
  • Trappiste (trapista): fabricada pelos monges trapistas em cinco mosteiros da Bélgica e um da Holanda. São encorpadas, alcoólicas e dotadas de deliciosos aromas de frutas. Exemplos: Orval, Rochefort, Chimau, Westmalle e Sint Sixtus (todas belgas), Schaapskooi (Holanda).
  • Gueuze: belga, produzida com leveduras naturais (do ar), chega ao consumidor depois de envelhecida na garrafa. Exemplos: Cantillon Gueze Vigneronne, Gueze Boon, Gueze Girardin, Kriek Mort Subite, Mort Subite Fond Gueuze.
  • Bière de Garde (cerveja de guarda): produzida no norte da França, é uma cerveja forte, amadurecida na garrafa. Tradicionalmente, era produzida em casa, mas hoje já existem Bière de Garde industrializadas. Exemplos: Castelain Chi'ti Brune, Jeanne d'Arc Ambre des Flandres.
  • Malzbier: originária da Alemanha, tem cor escura e é apreciada por seu grande poder nutritivo, em virtude da alta concentração de extrato.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Vamos deixar pra depois?

Preciso escrever sobre um algo mais, mas deixarei pra depois. Não posso ter interrupções. E preciso também ter tempo pra escrever tudo.

Cerveja - Beer - Birra - Bier - Cerveza


Li a coluna de Suzamara Santos - Líquido & Certo, publicada na edição n° 378 da Revista Metrópole (p. 38). A grande parte dos textos dessa coluna falam sobre vinhos e seus acompanhamentos. Ontem me surpreendi com o título: "Lager: ela é a nossa cara", justamente falando sobre cerveja. Claro, me interessei de imediato e, como tal interesse sei que não é exclusivo meu, tomo a liberdade de transcrever os detalhes sobre esta bebida que agrada a muitos.

- Lager: ela é a nossa cara
[...]
Lager/Baixa fermentação
  • Pilsen: é o tipo mais consumido no Brasil. Foi produzido pela primeira vez em Pilsen, República Tcheca, e ficou conhecida por seus sabores especiais. Exemplos: Budweiser Budvar (República Tcheca), Carlsberg (Alemanha), Heineken (Holanda), Stella Artois (Bélgica), Sol (México), Pilsner Urquell (República Tcheca).
  • Münhener: lagers escuras ou pretas, o que não quer dizer que sejam fortes - algumas são até bem leves. A palavra Münhener significa "de Munique". Exemplos: Sagras Dark (Portugal), Schincariol Munich (Brasil), Silamäe München (Estônia).
  • Bock: cerveja escura adocicada, de alto teor alcoólico (entre 6% e 7,5%). Aparece também nas versões Doppelbock ou bock dupla, ainda mais alcoólica; e Doppelbock, em que parte da água é retirada, concentrando novamente o teor alcoólico - chega a superar 14%. Exemplos: Einbecker Ur-Bock (Alemanha), Amstel Bock (Holanda), Kaiser Bock, Brahma Bock e Antarctica Bock (Brasil).
  • Lager Americana ou American Standard Lager: lager muito leve, com pouco corpo, aroma e sabor. Entre os ingredientes com os quais é elaborada constam arroz e milho. É inspirada nas pilsen, embora diferente. Exemplo: Brooklin Lager, Coors, Miller, Stroh.
  • Lager Brasileira: tem presença mais acentuada no lúpulo, o que dota a cerveja de mais sabor, aroma e consistência do que a correspondente americana. Exemplos: Bohemia, Brahma Chopp, Cerpa Pilsen, Bavária, Kaiser Summer Draft, Schincariol Pilsen etc.
- Malte de trigo:
A cevada é a principal matéria-prima das cervejas, mas uma, muito especial, é feita de trigo - a Weizenbier. Originária da Alemanha, têm mais de 51% de malte de trigo entre os ingredientes. Leveduras especiais conferem aromas e sabores de frutas. É fabricada também na Bélgica, nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil. Pode ser suave, a exemplo da Kristall Weizen, ou caramelizadas (Weizenbock). Também aparece em tons de palha ou em cores escuras. Exemplos: Hoegaarden Speciale (Bélgica), Oberdorfer Weissbier (Alemanha), Samuel Adams Wheat (EUA).

Bom, depois de tudo isso, saúde!

Últimas postagens