quarta-feira, 11 de junho de 2014

Longo e frio inverno...


Mais uma vez, um longo e frio inverno me separou de minhas criações. Novidades incessantes que acontecem na minha vida, que quase não me sobra tempo para muita coisa, além de pensar e refletir com muita rapidez.

Isso tem me prejudicado sobremaneira, mas estou aprendendo a encaixar as peças nos eixos certos e retomando o ritmo de outrora.

Às vezes confesso: por pura preguiça deixo de vir aqui, ou em razão da invenção do smartphone, que toma meu tempo com jogos inúteis para meu deleite e distração.

Hoje várias coisas me vieram à tona, várias palavras, frases incompletas, montagens desmontadas, mas que queriam dizer alguma coisa. Logo, me propus a sentar e escrever em meu querido Blog.

(pausa de 5 minutos para o smartphone)

Cada vez que toca um bip já vou ávido em direção ao aparelho para saber o que está acontecendo. Essa inovação me deu a sensação de ter mais tempo pra fazer minhas coisas do dia-a-dia, o que de fato é verdade, mas também me toma um tempo precioso de minha concentração, que antigamente era quebrado por uma ligação, ou o que era mais comum, um SMS. E falando nele, raramente os recebo atualmente, pois agora é o "WhatsApp".

Enfim, cá estou.

O tempo passou, e não foi pouco: 5 anos desde que comecei a escrever aqui com afinco e dedicação. De lá pra cá, minha vida mudou intensamente e muito. Há quem diga que 5 anos não são nada, e há quem deduza que 5 anos é tempo pra caraca. Eu continuo achando o óbvio: o tempo não passa, a menos que queiramos nos esquecer.

Tenho lembranças vivas de uma festa a fantasia, onde fui fantasiado de pirata. Me lembro de aguardar na fila da boate para entrar, e da movimentação do pessoal lá dentro. O mais engraçado disso é que a lembrança é tão forte, que passo a achar que a coisa toda aconteceu ontem, e que não faz muito tempo. Mas quando calculo, lá se vão 14 anos...

Saudoso? Não, juro que não. Aliás, prometo que não, pois se eu estivesse saudoso, estaria estagnado, e estagnado é uma coisa que não estou, com certeza. No imperativo mesmo, mas não por auto afirmação também; para que não restem dúvidas sobre isso.

Nesse contexto de tempo, me pergunto: o tempo nos molda, ou nós moldamos o tempo? Ou à medida que forjamos nossa existência deixamos indeléveis nossas marcas ao longo do caminho?... Pois é, acredito na última proposição. Mas a cada um, uma reflexão: você aproveitou bem a caminhada?

Sorria a cada desabrochar da aurora, pois só temos certeza de que um dia o crepúsculo nos alcançará...