segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ser, estar, ficar, estagnar, morrer...

Você olha lra trás com que frequência? Quantas vezes você para pra observar os seus passos, de onde você partiu, onde está no momento, e pra onde você quer ir?
Eu tenho olhado muitas vezes pro meu passado ultimamente. É preciso entender a razão de estar onde se está, a essência daquilo que se tem hoje, buscando, na medida do possível, projetar o amanhã.
As horas passam, os minutos, os dias, os meses, anos. Longos períodos de vivência e conhecimento, onde nos preocupamos mais em ter do que ser. Temos o presente, pra fazer uma selfie. Temos o passado, jogado numa timeline qualquer. Temos o futuro, pra pensar em não pensar. Só descansar na sombra, curtindo uma gelada e um bom som ambiente, certo?
Errado. Tudo isso está errado.
Uma nau à deriva, sem controle, desgarrada de seus princípios, eivada de tédio e mesmice em seus veios. Com medo de arriscar, com medo de perder, com medo, com muito medo.
O medo que aprisiona a alma, que cala os sentidos, que tapa os ouvidos. Uma visão cega do medo. De morrer, de viver, de pensar. De ser.