segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Origens...

Às vezes, precisamos voltar às origens para saber quem realmente somos. Disfunções à parte, revivemos o passado quando erramos os caminhos. Ou, pelo menos, quando seguimos por caminhos que não nos pertencem.
À quem nunca foi rei, de nada adianta usar a coroa, pois não conseguirá ostentar seu reinado por muito tempo; as coisas mudam de figura constantemente.
Reviver, refazer, reconstruir. É preciso rever os momentos, as palavras, as pessoas, para, então, você redescobrir do que você é feito, em que você se sedimentou, onde criou raízes. Porque, até nisso, o tempo cobra seu preço. E quando tudo começa a não mais fazer sentido, é hora de parar e repensar os meios, os caminhos.
Revivendo, refazendo e resconstruindo. Essa é a meta. Esse é o momento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tudo junto numa coisa só

Passe o tempo que passar, aconteça o que seja pra acontecer, as coisas nunca irão mudar, pois você será sempre o mesmo no fim da noite, quando as luzes se acendem, a música para e a faxineira vem varrendo os copos sob teus pés.

Não, não adianta tentar mudar o imutável, pois certas coisas apenas permanecem inalteráveis devido ao estado em que se encontram. E sempre serão encontradas naquele estado de catarse, pois é pra isso mesmo que elas foram criadas. E, se você parar pra pensar nelas, muitas desaparecem, pois são puras criações de sua mente solitária.

É... Não venha com esse sentimento de culpa, de que tudo que acontece ao seu redor é culpa sua, porque não é a verdade que seus olhos, principalmente seus olhares, refletem. Sim, eles refletem a luta árdua até o final para ter aquilo que você sempre quis, que você desenhou e desejou até o fim. Mas não era pra acontecer.

Então pare de ficar se lamentando, de ficar tendo pena de você o tempo todo por tudo aquilo que fugiu ao seu controle - desde que não tenha sido você que tenha criado, porque se assim for, você tem o poder de desfazer aquilo que você mesmo fez, afinal, é projeto, idealização e materialização sua.

Pois é, tudo é simples né? Com um piscar de olhos, com a alteração de consciência, percebemos que nem tudo é como queremos, nem tudo será como queremos, e que a maioria das coisas que se passam ao nosso redor são, de nós, absolutamente independentes, mas nos afetam de alguma forma. E tal forma somente nos afetará se realmente quisermos e permitirmos.

Ah!!! Vai lá que já tão no portão te chamando pra mais uma baladinha daquelas!...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Carry on my wayward son...

Quando nem um GPS te faz achar um caminho, auxiliado por um mapa, é hora de parar pra pensar. Pensar no quanto foi percorrido, no quanto ainda tem que percorrer, quais foram os caminhos tomados e, principalmente, onde se está agora e por onde se quer ir. Inúmeras possibilidades, inúmeros encontros e desencontros... Lembranças.

Pensando em curtíssimo prazo é o mais complicado. É mais complicado porque uma simples curva errada pode te fazer perder um longo tempo, pois a percepção de erro no caminho tomado pode ser tardia, e às vezes não há retornos tão próximos ao longo do caminho. Contudo, não se pode desesperar, pois sempre há uma saída, e somos nós mesmo quem as criamos. Mas sim, nem sempre é fácil enxergá-la. Leva tempo, aprendizado...

Sempre existem inúmeras belezas ao longo do caminho. Basta estar atento para admirá-las. Exatamente: se for rápido demais, não as verá; vagarosamente, pelo contrário, pode lhe fazer parar por mais tempo do que o desejado. A viagem não estará de toda perdida, mas terá que correr para recuperar o tempo, se assim desejar. Caso contrário, é preciso buscar pela velocidade adequada, à fim de que tenhas tempo para admirar a paisagem à tua volta e possa prosseguir em teu caminho.

Não é o caso de não parar, ou de correr para poder estacionar onde quiser. É caso de saber dosar o tempo, de saber apreciar o momento e saber quando parar.

Nem tudo são belezas e maravilhas, também. Existem aquelas paisagens que não são nenhum pouco atraentes. Mas elas ainda guardam suas belezas, seus encantos. É preciso saber apreciar o momento, buscar aquilo que teus olhos não estão lhe mostrando; aquilo que teus pensamentos estão fazendo questão de esconder.

Quanto às futilidades, saiba que tais considerações são feitas aos olhos do observador. Isso porque nem tudo que pra uns é importante, que deve ser pra outros. E exatamente neste ponto que surge a conceituação de fútil. Não digo quanto ao usufruto de bens materiais. Digo em relação aos sentimentos que certas paisagens nos despertam. Não precisam ser bons, tampouco ruins. Precisam é ser equilibrados em sua essência. Demasia desequilibra e desfaz a sensatez.

Paixão demais, raiva demais - obsessão e ódio. Intolerância, incompreensão. Futilidade? Quem sabe...

Termino com uma frase de Albert Einstein: "Para descobrir caminhos, é preciso sair dos trilhos."

Pense, reflita. Suas decisões lhe afetam em primeiro plano, mas as consequências delas se espalham a tudo que te rodeia.

ps: "Carry on my wayward son" é uma música da banda Kansas. Seu significado: "Continue meu filho rebelde".