terça-feira, 1 de setembro de 2009

Carry on my wayward son...

Quando nem um GPS te faz achar um caminho, auxiliado por um mapa, é hora de parar pra pensar. Pensar no quanto foi percorrido, no quanto ainda tem que percorrer, quais foram os caminhos tomados e, principalmente, onde se está agora e por onde se quer ir. Inúmeras possibilidades, inúmeros encontros e desencontros... Lembranças.

Pensando em curtíssimo prazo é o mais complicado. É mais complicado porque uma simples curva errada pode te fazer perder um longo tempo, pois a percepção de erro no caminho tomado pode ser tardia, e às vezes não há retornos tão próximos ao longo do caminho. Contudo, não se pode desesperar, pois sempre há uma saída, e somos nós mesmo quem as criamos. Mas sim, nem sempre é fácil enxergá-la. Leva tempo, aprendizado...

Sempre existem inúmeras belezas ao longo do caminho. Basta estar atento para admirá-las. Exatamente: se for rápido demais, não as verá; vagarosamente, pelo contrário, pode lhe fazer parar por mais tempo do que o desejado. A viagem não estará de toda perdida, mas terá que correr para recuperar o tempo, se assim desejar. Caso contrário, é preciso buscar pela velocidade adequada, à fim de que tenhas tempo para admirar a paisagem à tua volta e possa prosseguir em teu caminho.

Não é o caso de não parar, ou de correr para poder estacionar onde quiser. É caso de saber dosar o tempo, de saber apreciar o momento e saber quando parar.

Nem tudo são belezas e maravilhas, também. Existem aquelas paisagens que não são nenhum pouco atraentes. Mas elas ainda guardam suas belezas, seus encantos. É preciso saber apreciar o momento, buscar aquilo que teus olhos não estão lhe mostrando; aquilo que teus pensamentos estão fazendo questão de esconder.

Quanto às futilidades, saiba que tais considerações são feitas aos olhos do observador. Isso porque nem tudo que pra uns é importante, que deve ser pra outros. E exatamente neste ponto que surge a conceituação de fútil. Não digo quanto ao usufruto de bens materiais. Digo em relação aos sentimentos que certas paisagens nos despertam. Não precisam ser bons, tampouco ruins. Precisam é ser equilibrados em sua essência. Demasia desequilibra e desfaz a sensatez.

Paixão demais, raiva demais - obsessão e ódio. Intolerância, incompreensão. Futilidade? Quem sabe...

Termino com uma frase de Albert Einstein: "Para descobrir caminhos, é preciso sair dos trilhos."

Pense, reflita. Suas decisões lhe afetam em primeiro plano, mas as consequências delas se espalham a tudo que te rodeia.

ps: "Carry on my wayward son" é uma música da banda Kansas. Seu significado: "Continue meu filho rebelde".

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