quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Que seja eterno enquanto dure...

Mais uma vez, o mundo girou, as coisas andaram, andaram, até pararem em algum lugar do mundo. Estamos todos apreensivos, um pouco tristes, é verdade. Mas muito felizes, eu garanto, por saber que está bem, e está feliz por ter trabalho.

Com os giros, fiquei zonzo, atônito. Não consegui mensurar na hora o quão importante é sua presença, ainda que fosse a alguns parcos quilômetros de distância. Mas estás longe agora, e parece que a saudade e a amizade são maiores ainda.

Não, não estou sofrendo. Estou feliz, aliás, muitíssimo feliz por saber que está bem, que seu espírito se acalmou, se apaziguou. Não sei como escreve mas, "ni-háu-má" pra você amigo! Todos os dias.

Vibramos, um pelo outro, todos os dias e sem saber. E nos emocionamos demais ao nos reencontrar, todos juntos, em qualquer lugar que seja, ainda que seja nas alturas. Vibramos nosso carinho, vibramos nossa saudade - e que saudade - vibramos e vibramos.

Acho que quando temos demais, não damos a devida importância que todos significam um pro outro, mas ainda nas adversidades, nos mantemos unidos, fortes e solidificados; a estrutura, desde o começo, foi montada firmemente para resistir a tudo e a todos. Muitos vêm, sentam, trocam idéias, palavras... Às vezes piadas... E num dado momento, se levantam e vão embora. E poucos ficam e começam a fazer parte de nós, compartilham um pouco de si, enquanto compartilhamos o nós. E assim nos mantemos, assim nos gostamos.

"Ni-háu-má" pra vocês, meus amigos!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Devaneios de Despedida

Ofegante, subia a escada, sentindo aquele perfume que lhe intrigava. Estava em todo lugar, a todo momento, e a cada degrau, ficava cada vez mais forte.

Aquele era seu cheiro, lhe embriagava, lhe causava calafrios e esperança. Um antagonismo que nem mesmo sabia explicar.

Repentinamente se deu conta de que havia chegado ao andar de cima, passado todos os lances que lhe conduziam para cima. E levitava em direção a um dos quartos. Mas para sua surpresa, ninguém estava ali. E passando de quartos em quartos, de corredores em corredores, mas aquele perfume enlouquecedor não saía de perto, ficando cada vez mais forte.

As palavras já nem ousava dizer, pois num simples deslocamento repentino de ar, tudo podia ir embora. Não tinha certeza. Mas como saber? Não podia arriscar.

Entre subidas e descidas, esperanças desesperançosas, enfim encontrou. Estava lá, prontamente aguardando sua chegada, pois ouvia seus passos ansiosos a estatelar pelo corredor; ritmados e compassados, largos e ofegantes.

Enfim, estavam à sós, um de frente para o outro, sem palavras, sem gestos, sem sentido algum. De repente, o perfume se materializava diante de ambos. E o que fazer? Apenas ficaram se entreolhando por vários minutos, até que a névoa preencheu todo o vazio da penúmbra do quarto onde estavam, calcando-se em imaginação pura.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais uma porta que se abre; mais um caminho à percorrer

Andei pensando e repensando após o último post. Não sabia mais o que escrever, estava em dúvida sobre qual porta iria passar, conseqüentemente, sobre qual assunto escrever.

Então, antes de mais nada, resolvo agora falar sobre amar o amor, coisa estranha, escassa aparentemente, mas que se mostra de várias formas e jeitos diferentes.

O amor, na minha visão, pode ser duro, cruel, para que depois seja macio, carinhoso. Pode ser uma coisa etérea, para se consolidar no futuro e, assim, solidificar a relação, estreitando os abismos que nos separam das outras pessoas.

Amar não é simplesmente dizer "eu te amo", pois palavras podem ser ditas por qualquer pessoa, em qualquer circunstância. E quando digo ditas, não significa que seja feito apenas pela linguagem falada.

Gestos simples, corriqueiros e cotidianos, podem fazer nascer uma amizade duradoura, que perdure por muito tempo, e que faça com que todo aquele sentimento bom, dos momentos pelos quais passamos juntos voltem a nos embriagar, deixando-nos bobos no final da noite - sabe quando você está deitado, antes de dormir, e lembra de alguma coisa boa e começa a rir sozinho? É isso!

Então, pelas palavras, imagino que já tenham descoberto por qual porta resolvi passar, qual caminho eu escolhi pra mim.

Divagando:
É o mais certo? Quem sabe... Eu nunca saberia se não tentasse. Mas acho que estaria menor e menos radiante caso tivesse escolhido o outro. Eu poderia ter conseguido uma liberdade que me tolheria uma outra, que eu gosto mais. Redescobri o pedaço que, após anos e anos de batalha, acabei enterrando profundamente. Acabo de me redescobrir. Acabo de me amar novamente.

Voltando:
Assim, ao mesmo tempo que encerro um dilema, começo outro, que irá se formar e crescer, até chegar o tempo de ser resolvido. Passamos portas, passamos problemas, e aprendemos a resolvê-los. E é justamente nestas escolhas e soluções que vamos aprimorando nossa arte mais pura e sensata: a arte de amar!

Boa noite! Amem e durmam sorrindo...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dilema


dilema

do Lat. dilemma <> dilemma < di por dis, duas + lêmma, proposição

s. m.,
argumento que apresenta duas proposições contrárias e condicionais, deixando-se a alternativa ao contraditor ou adversário mas com as quais fica ele vencido ou convencido seja qual for a sua escolha;

fig.,
situação embaraçosa, entre duas soluções fatais, mas ambas difíceis ou penosas.

*(fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx)

___________
Não é nada confortável estar nesta situação. E o que posso fazer? Aceitar e tentar fazer a coisa certa, na hora que tiver que fazâ-la. Mas é uma coisa horrível. Não dá pra ficar assim. Mas também não tem como evitar. Então, vamos em frente, paciência e aguardar... Espero que seja uma boa escolha, porque se tiver que ser, com certeza será definitiva!!

**No momento, operando com stop gain-stop loss**

Ao natural

Dentre todas as inseguranças as quais estamos submetidos, uma das únicas certezas é que hoje o sol se vai, mas amanhã estará de volta.

Daqui a pouco a noite chega porque o sol estará brilhando forte no outro lado do mundo, num eterno ciclo oposto.

Cada segundo que passa é o fim e recomeço de algo. Se não formos capazes de assumir as rédeas de nossas vidas, deixemos que isso ocorra naturalmente.

Busquemos uma posição mais confortável ainda e observemos as mudanças entrando em consenso em sua ordem natural.

Diz a música:" I wanna feel the end and enjoy the consequence".

**post escrito por Ximba (ALêFinelli)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Futilidades

Você me desanima às vezes, sabia? Acho que faço o mesmo com você, mas você não quer admitir. Admitir que nada está bem, ainda mais porque fizemos promessas um pro outro de que a primeira vez seria a última. Acho que ambos estamos com medo né... Empurrando pra ver até onde chegamos. Mas acho que dá pra perceber que algumas das últimas amarras que nos mantém estão criando folgas enormes - estamos desenrolando-as.

Seria melhor parar por aqui né? Enquanto estamos ambos bem, sem batalhas, sem guerra. Mas não sei se será assim; somos ocupados demais pra percebermos isso juntos. Então, vamos deixando e ver se conseguimos chegar a algum lugar, ver se alguém irrita mais o outro.

Nossas vidas independentes são muito importantes, e não estamos sabendo conciliar nossos interesses, que parecem cada dia mais desinteressados. Eu to me desgastando. E você também. Até quando???

Durma bem, meu bem. Bons sonhos...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Seja feliz!

Um sentimento bom, ao mesmo tempo que gera insegurança. Algo como estar embriagado mas saber que amanhã você terá uma ressaca. Será esse o melhor conceito de felicidade?

Um ponto de vista é só a vista de um ponto, ou melhor, é só uma coisa dentre várias que podemos ter sobre a mesma questão. E quem sabe mais, quem sabe menos? Ninguém. Cada um tem o que se quer e o que se pode ter, apenas.

Ser feliz pode significar ter um carro, uma casa, uma mansão. Ou apenas o fato de saber que você se levanta sozinho da cama de manhã e lava seu rosto sozinho já pode ser felicidade.

Não damos muita importância para o tema, afinal o tempo que temos não nos deixa tempo de sermos felizes. Ou será que somos e tudo é tão efêmero que não percebemos? Pois as horas voam quando estamos bem. Mas elas passam no mesmo compasso como quando se está fazendo algo "chato".

Ser feliz pode ser algo vago, uma coisa insossa, desprezável e sem sentido, pois temos um mundo que gira ao redor de si mesmo e ao redor do sol, todos os dias, todos os an os; não, ele não pára pura e simplesmente, aliás, nunca parou, por pior que fosse a bomba lançada na terra, ou no mar, ele nunca parou. Então, não temos tempo de parar e vermos que somos muito felizes, todos os dias. E não digo constantemente. Explico.

Quando vemos a foto de pessoas queridas, quando uma situação nos faz lembrar de várias situações engraçadas pelas quais passamos, quando descobrimos que somos saudáveis. São pequenos momentos, pequenos instantes, efêmeros como disse, mas que se misturam às várias situaçõe cotidianas e repetitivas que, sem que percebamos, acaba por esconder tais pequenos "insights" de felicidade. Mas some todos todos os dias. A conta será bem grande...

Não que isso ocorra todos os dias tão freqüentemente. Mas como disse outrora, basta mensurar a importância que damos a esses momentos. Assim, pra terminar, eu repito: SEJA FELIZ!


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Uma Música...

Não que seja por falta de inspiração ou tempo. Mas eu gosto muito dessa música e da letra. Por isso, posto-a aqui para que todos possam refletir. É do Zeca Baleiro, está no cd "Vô Imbolá", chama-se "Tem que ser assim", e pode ser ouvida em seu site: http://www2.uol.com.br/zecabaleiro/
Espero que gostem!


Não fui eu nem Deus não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer
Tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor é solidão
Se um vai perder outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida e ninguém vai mudar

Eu daria tudo
Pra não ver você cansada
Pra não ver você calada
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor

Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arreada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Eu sou um compositor popular

Eu daria tudo
Pra não ver você zangada
Pra não ver você cansada
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor

Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arreada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Sou só um compositor popular

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mudanças

Mudar de ares, navegar por novos mares, é sempre interessante. A maré sempre nos traz coisas boas. Conseqüentemente, traz coisas ruins também. Mas aí, é só saber priorizar as coisas. Ou você prioriza as coisas boas, e segue em frente consertando as ruins, ou se apega de vez na âncora dos seus problemas e afunda ao abismo desconhecido e sombrio.
Mas pensemos na felicidade, na esperança. Se perdermos esta, perderemos aquela, e estaremos sem guia, sem rumo, ainda que estejamos nos novos oceanos.
É preciso enfrentar abertamente e sabidamente, com alegria, as dificuldades que enfrentamos, pois se há pedras no caminho, é bom que sejam grandes, pois nestas não tropeçaremos; são grandes demais pra isso. E, se conseguirmos ver luz onde muitos vêem escuridão, poderemos guiar muitos no caminho da felicidade.
Sejamos felizes!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Comodismo

Nos acomodamos com as várias situações que vão surgindo que, quando nos damos conta, estamos atolados até a cabeça de problemas e situações desagradáveis causadas por este comodismo. É uma droga isso, que a gente vai consumindo, até que ela começa a consumir-nos por inteiro. Quando percebemos, já estamos há muito, muito tempo nesta situação.
A gente até tenta sair, sei lá, mudar de ares, ver se novos ventos trarão rumos novos. Mas sempre nos enganamos. Então chega a hora de jogar a toalha. E é aí que mora o problema. Ficamos com medo de largar de vez a situação e acharmos que não seremos mais capazes de viver novamente. Mas vivemos sim. Só se morre uma vez na vida (rs).
Bom, veremos o que vai acontecer. Quem sabe, talvez, tudo se encaixe. Situação insuportável é que não dá mais. Ok? Então blz.

O Último Sorriso


Despede-se vagarosa e tranquilamente, entre suspiros e bocejos, com um singelo sorriso estampado em toda sua face; beija lentamente sua pele, enquanto afaga carinhosamente seus cabelos, embalando-os para o repouso.
Enquanto adormecem, brilham no éter, cunhando formas sutis, que brincam com nossa imaginação.
Pintam o céu, enquanto todos, abaixo delas, se deleitam nos prazeres do descanso, para uns eterno, para outros momentâneo, até que estes subitamente despertam para mais um dia...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Presença ausente

Necessário dizer, porque não, no momento certo, com as palavras certas, do jeito certo.
Em uma noite quente de verão, um quarto abafado, suspiros apaixonados por alguma coisa que lhe escapou pelas mãos, pelos dedos. E de nada adianta chorar, pois tudo estará longe, de alguma forma.
Em algum canto, em algum lugar, sua metade se esvai em pensamentos ilusórios, casuísticos. Pensamentos em que divagam seres e sombras de um passado remoto, ao mesmo tempo próximo demais para ser esquecido.
As cinzas do tempo, começa a chover. E com a chuva, uma brisa morna, que acalenta, anima e consola. Um consolo tardio para quem já esperou demais.
Ao pisar no chão, um choque. Ao se lembrar de tudo, uma ilusão. Coisas insólitas, que pareceriam eternas, mas padeceram depois de tanto tempo. Quanto tempo.
Temos coisas importantes, temos idéias brilhantes, temos gás, energia... Mas nos falta a animosidade de quem tinha muito pra descobrir e aproveitar.
Já não somos mais crianças, e também não temos experiência. O mundo se aproveita de nós e nós nos aproveitamos dele. Machucamos e saímos machucados, pensando em nos tratar com quem quer que seja, ainda que num mar de rostos.
Pensamos absortos, corremos pra longe, voltamos. E o passado é tão presente quanto o futuro que nos aguarda, incerto na raridade das horas certas e certo na amplitude das horas erradas.
A flecha e a palavra, assim como a oportunidade, nunca voltam atrás. Agarrá-las, parece ser o mais sensato, ainda que seja ingrato tal presente, que se faz exatamente neste momento ausente.