terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um passeio, uma noite nublada e uma conversa esfumaçada

Nada mais sei de ti que não o velho e preocupado semblante com que me fitava distintamente daquele canto escuro; nada sinto mais de ti, que não o cítrico perfume que outrora dominava o ar.

Nada mais tenho por ti que não a velha saudade de não mais habitar meus pensamentos.

De ti, nada mais resta que não uma vaga lembrança das risadas, que hoje o tempo se encarregou de aquietar.

Aquiesci a teus ensinamentos, e logo mergulhei em meu íntimo, para dali nunca mais sair. Caminhei vagarosamente pelos caminhos dos devaneios, me deixei levar por ilusões alheias, e cá estou, pacientemente partilhando minhas angústias e meus sofrimentos.

Te amei e te odiei na mesma intensidade com que te conheci. Hoje, não me vejo mais em ti, não te vejo mais em mim.

Sinto muito por ter te deixado, mas foi necessário te perder para poder me encontrar.

Quanto àquele velho suspiro sussurado, terei de com ele conviver até que um dia a eternidade de minha vida se incumba de sufocar-te de vez.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Meia liberdade, hipocrisia absoluta?

É algo surreal. Você é livre, mas nem tanto, para se expressar. Dizer o que sente, dizer o que quer, da forma como quer, simplesmente, se expressar. Mas não pode. Não pode porque eu não vou deixar você fazê-lo. Simples assim.

Tente transpor minhas barreiras, tente me fazer acreditar que as coisas que você diz são reais, que tudo que você imagina pode, de certa forma, se concretizar. Absolutamente que não pode. Não pode porque eu não deixo, porque eu acho que é imoral, porque eu acho que não tem sentido. Somente eu? E daí? Eu falo, eu posso.

Escuta que eu te falo: mais vale a pena ter uma liberdade restrita do que ser restrito totalmente. Certo? Errado! Liberdade restrita não é liberdade, idiota. Basta analisar a palavra. Mas e daí? Quem disse que eu ligo para o que você pensa? Já disse no começo: tudo é limitado.

Como um rolo compressor esmago tuas ideias e teus ideais mais rápido que o lampejo de um raio. E tal qual este, lhe reduzo às cinzas do esquecimento.

Fazer todos acreditar que o mundo é perfeito, e que tudo nele, com tudo que nele contém não nos basta para sermos felizes é o meu propósito. Vá em frente, consuma e se consuma. Enquanto existirem caminhos livres para que sozinho eu trilhe, ótimo. Quando não existirem mais caminhos? Chame de utopia. É bonito.

Mas, e então? O que você ia me propor? Ah, sim, que eu faça aquilo que estou com vontade, pois enquanto você se distrai lutando para comprar tudo que eu faço você acreditar que precisa, eu armo meus jogos, eu massacro meus inimigos ridicularizando-os, e quando você chegar no fim e ver que tudo passou e que nada de valioso você conquistou, eu lhe dou um lugar para que chame de eterno. E que seja eterno enquanto dure, não é mesmo?

É inodoro, mas fede a putrefação. É insípido, mas é amargo. É insensível, mas é cruel. É temeroso, mas confie em mim que eu te faço chegar lá.

Eu devia te dar liberdade, mas te prendo em mim. Devia te dar segurança, mas lhe causo medo. Devia lhe ser justo, mas amo a injustiça que paira sobre ti. 

Deveria, ainda, ser imperceptível, mas o faço sentir todo meu peso sobre teus ombros.

Deveras absurdo, meia liberdade pra quê?...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mistério cintilante

Sorrateiramente vem e furta-me o sono
Elegantemente se exibe negra e cintilante
Outrora em companhia da Lua minha
Agora em misteriosa solidão

Furta-me o sono, mas não meus sonhos
Despe-me da cama em segundos
Ainda que após horas de luta
Não tenha conseguido vencer-lhe, noturna agonia

A causar-me desespero, ao passo que se passam as horas
A dar-me alento em vosso escuro e denso esplendor

Se mal entendida és, é porque na mesma simplicidade que faz aflorar o amor,
desperta o lado escuro do humano ser.

Democrática silenciosa, reina em meu reino de palavras
Ideias e ideais sem fim, quando lhe brindo com ternura
Ó noite soturna.

Simplicidade em um clique

Por que manter a ordem, quando a ordem beira o caos? Porque temos medo do quão perigosos somos ante nosso próprio descontrole; porque não conseguimos ter simplicidade onde a praticidade deveria ser a regra.

Sem desordem não há razão para nos ordenarmos, e com esta, desequilibramos a ordem natural das coisas. Tamanho contra-senso insensato que a sociedade nos faz crer, pois se é natural, como pode ser ordenado?

Há contradição aparente, simples de se explicar e também de se entender.

O momento, aquele raro, onde olhares se cruzam, seja para o amor ou para o ódio, não ocorre de uma ordenação, tal como se predestinado houvesse sido assim concebido. Acontece porque é natural.

Destarte, alhures exposta está a simples maneira de se ver as coisas, os fatos, magicamente transmutados e ordenados para que tenhamos sempre a mesquinha sensação de que estamos no comando, no controle das coisas, quando, na verdade, não há mouse nem teclado em nossos mundos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Inversão da lógica

Quando a vida inverte seu ciclo natural, onde as coisas que deveriam acontecer posteriormente acontecem antes, de nada adianta consultar o mais sábio dos sábios, pois nenhuma sabedoria do mundo irá aplacar o sentimento de vazio que a inversão nos deixa.

A cicatriz que fica somente deixa clara a plausibilidade de qualquer fator alterar a percepção de tudo aquilo que um dia sonhamos, que um dia vivemos, que um dia fomos, para nos tornar algo novo.

A inquietação de buscar por respostas, de procurar objetividade, onde nenhuma clareza se fez presente, onde nenhuma lógica existe, sempre assolará nossas almas, não importa onde estejamos, tampouco o que estejamos fazendo.

Onde antes batia um coração, agora jaz um peito vazio, absorto, que busca incessantemente preencher o vazio deixado pela fruta vital, por aquele mecanismo que nos transmuta dia-a-dia.

E o que dizer, então, para os mais novos? Dizer que foi um sonho, se o sol ainda não se pôs? Difícil imaginar, portanto, como será o dia de amanhã, como será a semana seguinte, como será o mundo. E, se me permitem o egoísmo, o mundo de cada um.

Tudo funciona de acordo com a lógica imposta pela dinâmica vital, mas nem tudo se processa como se assim fosse, nem tudo se posta à nossa frente como se assim devesse. E por que, então, persistimos, já que o destino se incumbiu de roubar o tempero e sabor da vida?...

Persistimos porque aprendemos, persistimos porque devemos persistir, e persistimos novamente porque queremos escrever nossa história individual de superação, de transposição dos obstáculos. Persistimos porque temos que ensinar àqueles que ainda começam sua caminhada de que a vida é mágica, que a vida é divina, e que o amor transpõe todos os tipos de barreiras e obstáculos.

Persistimos porque, ao mesmo tempo que nos é roubado de sopetão tudo aquilo que nos dava alegria ao acordar de manhã, nos é dada a força necessária à superação, nos faz aprender que tudo pode ser superado, que podemos fazer tudo novamente, e que toda a novidade que está prestes à surgir pode e deverá ser melhor.

Beneficiamos, sim, todos aqueles que deixamos após nossa partida, ensinando que tudo que é difícil nem sempre o é, e nem tudo que aparenta ser fácil é rápido de ser solucionado.

Aprendemos, ensinamos. Esse é um mecanismo que nos move adiante, é isso que nos faz entender que, nem tudo aquilo que não tem resposta, respondido está.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vida voando em vidas

De uma forma introspectiva e obtusa, mergulhei na solidão das almas, inquietas e frias, com mente torpe e de difícil abstração.

Fui de sopetão acordado por alguém batendo à porta da imaginação. Mas isso não passou de um vendedor de enciclopédias, cuja face triste e cansada ignorei com desprezo.

De nada adiantava ver as nuances do céu ao nascer do sol, se em seu poente eu estaria no mesmo estado catatônico, senão pior.

Sentia verter dos vermes toda podridão que há nos mais mesquinhos sentimentos, até perceber que não estava só a contemplar. Mas a companhia que cerceava meus instintos convictamente, nada mais era do que um distorcido reflexo de mim mesmo induzindo-me a erros, crassos e infantis.

Roguei à Deus que me desse asas para que pudesse voar para longe dali, pedido este que fora sutilmente recusado sob a égide do descaso, do abandono.

Estava ali, e não estava mais. Havia algo entre mim e minha consciência que não me deixava soltar as amarras.

E, de tanto insistir, cá estou em mar revolto à procura de ti...

Ao passo que tal loucura me assola, também me conforta, fazendo-me querer bem mais que um simples abraço. Tanto querer assim, resulta em sessenta dias de furacão após sessenta segundos de brisa.

Não paramos nunca, não desistimos jamais. Apenas entregamos as armas e abaixamos nossas defesas. Para nunca mais sermos atacados, tampouco atacar; apenas para não mais sermos vistos como sempre: aptos e prontos à guerrear, seja por um grão de areia, seja por uma montanha toda.

Do pó ao pó, das cinzas às cinzas, carregaremos nossos pecados e virtudes ao longo tempo, enquanto este passa, passando então, a não sermos mais lembrados, nem por nossos erros, bem menos por nossos feitos. E assim a vida segue, e assim os dias passam. E assim a humanidade dá seus passos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Momentâneo instante de raiva: ode à Hipocrisia

Cresci num mundo livre, onde as pessoas se respeitavam mutuamente. E assim, aprendi a esperar de desconhecidos o comportamento que de mim eles tinham. Mas, lentamente, a vida insistiu em me mostrar quão tolo eu fui de acreditar, inocentemente, que algumas pessoas deveriam ser tratadas, ainda que do alto de suas desigualdades, de forma igual.

Esperar bom senso no comportamento de algumas pessoas? Incoerência. Incoerência com tudo aquilo que aprendi, pois me parece, e com certa correção, que muitos querem se dar melhor em tudo em relação à poucos, e ninguém está preocupado em se alguma coisa será melhor para outras. Apenas o quanto podem lucrar com seus sórdidos e mesquinhos objetivos.

Não. Não me venha com esse discurso político de que tenho que ter paciência para com meus descendentes. A Hipocrisia cansa.

E digo Hipocrisia com nome próprio, pois esta já se fundamentou como o quarto poder, e que origiou outros tantos, que originaram mais outros tantos.

Você já se perguntou, hoje, o quanto a pessoa a seu lado está feliz? Mas tenho certeza que esse juízo de valoração você já se fez...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Venez faire la sieste avec moi

Sou o que sou, fui o que era. Já não sem tempo, em uma nova era, tudo muda com o tempo, e tempo já não tenho para lamentar.
Uma vez pra mudar, sempre alterando, transformando e filosofando...
Acabei criando um mundo sólido, um mundo sórdido, não em minha volta, foi no que se transformou.
E divagando eu cá estou, em trapos que se podem chamar de vestes, vestes estas que detesta.
Sem antes parar, pois já não sinto, tenho pena de tudo e de todos, pois não sei nada sobre qualquer coisa, e nunca fui a parte alguma, mas e aqueles que para todos os lugares vão e com eles nada aprendem?
Insensato, talvez. Maluco, jamais.
Contudo, não seria também a insensatez uma parte de um todo, um todo que nos faz e nos compõe? Uma bela e sincera composição de tudos e nadas, de teatros e sofrimentos, de tristezas e alegrias...
Vamos, vamos sorrir mais uma vez, vamos acompanhar a chuva cair, vamos ver as poças se formarem, até serem pelo sol eliminadas.
E todo dia é dia de labuta, pois quem cedo milita, cedo colherá. Colherá as árduas mãos calejadas de tanto trabalhar, com o objetivo de um dia se cansar e se aposentar.
Deixe viver, deixe que vivam, intensamente, diria eu. Talvez em um rompante de fúria cega, eu me faria voar por dentre as nuvens, para nunca mais voltar. E fugir pra quê, se tudo que eu quero está a 200km de mim?
Da melancolia ao martírio de quem já está cansado de bater e de apanhar, venha descansar, repousar a cabeça por dentre meus braços. Venha ser o que você sempre quis: alguém completa.

A.V.H.H.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Antes e Depois...

Calças rasgadas, cabelo espetado: sabão.
Correntes penduradas, punk rock, hard core: skates.
Caras de mau, espíritos bons: Napo e Zuleika.
Árvores, praça, televisores: uma noite comum.
Abajur da GM, gritaria: corre negada!
Ensaio na casa do Heitor, fogo na casa do Heitor: solidariedade.
Festa na casa do Sidão, Doly correndo em volta da casa: diversão.
 
E assim o tempo passou...
 
Calça social, cabelo penteado: trabalho.
Pasta na mão, punk rock, hard core: carro.
Cara de cansados, espíritos bons: Amigos e Namorada, Noiva, Esposa.
Árvores, praça, monumento: lembranças recorrentes em uma tarde de domingo.
Giroflex da PM, tensão: o que aconteceu?
Atraso pro trampo, trampo pra casa: mais?...
Cerveja no barzinho, exaustão da semana: - galera, to indo pra casa dormir.
 
E assim ficamos...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Meu anjo, meu amor, minha vida...

Um intenso frio na barriga, o olhar que se fixa nos olhos dela, a intensidade com que vivemos as horas, com que nos abraçamos, a vontade de permanecermos eternamente ao lado um do outro, sentirmos os perfumes todos os dias, e sempre ficarmos entorpecidos de tanto amor e paixão...

Vibrar com cada passo que ela dá, contemplá-la de longe, admirá-la de perto, querer bem, querer sempre, querer a toda hora...

Tudo some instantâneamente quando eu ouço sua voz, quando sinto seu cheiro, quando a vejo. Aquela coisa da mão suar, do coração bater mais forte, mais acelerado, de querer amá-la eternamente...

O tempo pára quando a beijo, quando a vejo, quando ouço sua voz, quando a tenho em meus braços. O coração bate mais forte, a respiração aumenta e fica mais forte; tudo é mágica quando estou ao lado dela.

A suavidade da voz dela me encanta. O sorriso dela ilumina meus dias. O carinho dela me acalma. O amor dela me faz sonhar.

É difícil transformar em palavras aquilo que extravasa meu entendimento...

Te amo, Heloísa... Muito, pra sempre... Sempre...

terça-feira, 2 de março de 2010

Entre o amor e a razão? Equilíbrio!

Como descrever um sentimento que extravasa a todos os seus sentidos? Algo que te cobre por completo, mas que não te sufoca? Como expressar tudo isso sem cair no ostracismo piegas hodierno? Não é tão difícil quanto se faz imaginar.

Um carinho, um sorriso, uma expressão de felicidade, fazer o coração palpitar de emoção a cada vez que você admira a pessoa amada já é um grande passo. Procurar deixar claro, não só utilizando-se das palavras, mas por gestos, tudo aquilo que você sente. Exatamente: externar o sentimento, extravasar.

Ame incondicionalmente, pense e reflita com seriedade, justiça e ponderação. Mas não deixes nunca que suas ideias contaminem os ideais de outrora; a oportunidade é como areia de praia carregada pelo vento: se esvai com a menor das brisas para formar novas oportunidades.

A ponderação e o meio termo do sentimento que se denomina amor pode ser consolidado, sim, utilizando-se da razão. O amor, neste caso, é o combustível, ao passo que a razão, a brisa que alimenta o fogo. Se venta demais, o fogo apaga, se venta de menos, o fogo a tudo consome, sem deixar qualquer vestígio de brasa pra aquecer ambos. Justamente por tal fato que é de suma importância que cada pessoa, em cada situação, conheça aquilo que está diante dele pra saber como conduzir suas fogueiras.

Portanto, ame, sim. Ame de todas as formas, com todas as palavras, com todos os gestos, pois é amando que se vive, e é vivendo que se constrói uma vida. Mas nunca se esqueça que, ainda que tenhas asas, é sempre preciso pôr os pés no chão, vez que alimentar-se faz com que tenhas energia suficiente para voar cada vez mais alto e mais longe.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

E antes era tudo saudade... H. H.

Pra ver teu sorriso, pra ganhar um beijo teu, pra poder dormir em teus braços, eu esperarei pelo tempo que for...

Pra te ver suspirando, pra te ver me olhando apaixonadamente, pra sentir teu perfume, montanhas moverei...

O tempo passa, mas a cada movimento dos segundos, sinto apunhalar-me a alma a saudade que de ti sinto...

Na pureza de minhas emoções, do alto de minha sábia ignorância, jamais esquecerei tuas palavras de carinho, teus afagos apaixonados...

Sinto a distância diminuir à medida que o tempo passa, sonhando contigo todos os dias. Antes de você chegar era tudo insensato. Depois que veio, é tudo saudade.

Sua falta, sinto em demasia. Mas de saber que terei teu carinho para todo o sempre, acalenta-me as feridas causadas pela saudade, dispondo minha alma à eterna dedicação de te amar, para sempre...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ame, viva e deixe viver...

Algumas várias vezes, o mundo todo irá lhe dizer que você está errado, que suas atitudes não estão certas, e que você deveria fazer isto, ou aquilo.

No entanto, apaixonar-se é deixar a razão de lado, é desatar os nós que o fazem grudado ao chão para, então, alçar um vôo suave e tranquilo.

Guiar-se por seus instintos, porque não? Se quando estamos em uma situação de perigo assim o fazemos, e em grande parte das vezes isso funciona, porque numa situação mais tranquila eles não vão, igualmente, te ajudar?

Creio que depois que o homem se tornou um ser racional, ou seja, se descobriu como parte de um todo (ainda que uns venham a pensar que o todo são), deixou de lado seus instintos, passando a confiar muito mais em sua racionalidade, que foi algo "inventado", que seus instintos, que o acompanham e fazem parte de seu dia-a-dia.

Nesta senda, entram opiniões dos mais variados tipos, sempre com ligações intrínsecas aos grandes filósofos Aristóteles e Platão, que com sua filosofia, ajudaram o homem a se entender e compreender melhor, expondo as inúmeras razões pelas quais caminha e sobrevive na Terra.

Mas, em nenhum momento, ainda que saibamos as consequências, devemos deixar de correr certos riscos. Por que não se apaixonar por uma pessoa, por que não amar? Porque esses sentimentos são contrários à razão. Podemos pensar em comprar uma bala no bar da esquina. Mas quando estamos com os sentidos e sentimentos à flor da pele, muitas vezes, se faz o impensado. No começo, isso traz algumas consequências, tal qual aquela briga feia com seu amigo, ou seu amor, que poderia ter sido evitada com um pouco de razão. Mas creio ser daí que surgem os aprimoramentos para os nossos sentidos.

Portanto, se é nos erros que aprendemos, erramos não por usarmos nossa razão, pois certamente ela lhe impediria de seguir adiante, e claramente o tal erro não aconteceria. Mas quando se usam os instintos, em uma situação semelhante, agiremos, sim, instintivamente. Mas com mais sabedoria.

Nada mais se leva deste mundo senão todos os sentimentos mais profundos e prazeirosos que já tivemos. Amar dói. Mas a recompensa é imensa. Nunca deixe de acreditar, principalmente, em você. Ame, viva e deixe viver!!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A infinita arte de amar

A noite passa, e depois dela vem o dia, e de novo, o ciclo se completa. As estrelas aparecem novamente pra nos brindar com seu brilho e a lua, ciclo após ciclo, ainda que seja a mesma, continua a nos encantar.

Um dia que passa, coisas novas que acontecem, que aconteceram, e que tornarão a nos viciar e a nos inspirar, cada vez mais. Fora tudo isso, nos farão refletir; às vezes vamos devagar, às vezes rápido demais. Saber dosar nossos sentimentos como? É difícil e extremamente complicado.

Onde a paz encontra nossas almas, também assim a tempestade vem de encontro. Esteja preparado para ambos. Espere o inesperado, enfrente seus medos, sem medo de ser feliz. Encontramos obstáculos em nossas pulsações. Mas lembre-se: no fim, tudo volta a ficar tranquilo.

Acho que ainda não encontrei o equilíbrio das coisas, de mim mesmo. E à cada dia que passa, me sinto mais próximo e, ao mesmo tempo, distante. Um sentimento paradoxal inexplicável. Logo, pra tudo que não há uma explicação lógica e convincente, assim explicado está, pois cada um terá sua compreensão de tudo e do todo.

Afinal, o que se passa dentro de nossos corações, senão a emoção de reencontrar o amor que vagava solitário dentro de nós? Nada mais nos resta senão amar...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tinha que ser você...

Andei por lugares escuros, por mares turbulentos, caminhos desconhecidos... Desbravei e esbravejei pelos quatro cantos, e passei a acreditar que tudo seria saudade, apenas. Uma verdadeira ilusão de tudo que eu havia sonhado, imaginado. Enfim, achei que tudo era fictício.

O tempo passou, aplacou minha raiva, apaziguou meus sentimentos e meus sentidos. Finalmente havia aberto minha guarda, e o estranho é que tudo à minha volta se transformou também.

Lá estava eu, andando calmamente em um quente dia de verão, quando cruzei meu olhar com o teu. Não podia acreditar no que via. Eu relutei até onde pude, neguei até onde consegui. Mas não tinha mais forças para resistir.

Que a vida tem dois caminhos para as decisões que vamos tomar eu sei. Mas não sabia que algumas das decisões mais importantes da minha vida seriam eivadas de dilemas. Dilemas tais que exigem pouquíssimo tempo para serem solucionados.

E é justamente nas longas curvas de tuas louras madeixas, na imensidão de teu penetrante olhar, que eu me arriscarei...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E a dor de amor hein!?

Estive pensando em alguma coisa pra publicar que faça expressar aquilo que sinto. Nada melhor que um bom samba pra fazê-lo. Então, vamos à música!!!

"Dor de Amor - Beth Carvalho

Laia laia laia laia laia laia laia...
Dor de amor é difícil curar
Ai como dói....
Ai Como dói a dor
Como doi a dor de amar
Quem se desencantou
Sabe o que é chorar
Neste mundo não tem professor
Pra matéria do amor ensinar
Nem tão pouco se encontra doutor
Dor de amor é difícil curar

Chico preto, malandro veneno
Agora é sereno vive de paixão
Sorte dele ser correspondido
É bem sucedido, não ama em vão

E o contrário foi o branco chico
Tão belo, tão rico, dono da razão
Não valeu...
Não valeu seu poder financeiro
Pois não há dinheiro que compre emoção
Ele quis viajar de saveiro
Mas era jangada a embarcação

Que saiu mas se encalhou
Não chegou a alto mar
Mas um sonho naufragou
Dor de amor é difícil curar
Mas um sonho naufragou
Dor de amor é difícil curar

É uma dor sem remédio para aliviar
Dor de amor é dificil curar
Se doer vou sofrer
Mas não vou me acabar
Dor de amor é dificil curar
Só quem é muito forte pode superar
Dor de amor é dificil curar
É a justiça divina é quem vai me salvar
Dor de amor é dificil curar
E é por isso que eu amo sem medo de errar
Dor de amor é dificil curar
Jogo o jogo do amor pra perder ou ganhar
Dor de amor é dificil curar
A matéria do amor ninguém pode ensinar
Dor de amor é dificil curar
Foi na escola da vida que aprendi a amar"
 
Certo de que a vida é cheia de surpresas. Certo de que queremos que tudo ande na mesma velocidade da luz. Certo de que queremos amar. Certo de que queremos ser amados.
 
Ainda que doa, ainda que assim seja, a vida é linda demais para ser desperdiçada por aquilo que não nos é palpável.

Ainda que ame em vão, ainda que não seja correspondido, nunca deixarei de amar a vida!!!