Por que manter a ordem, quando a ordem beira o caos? Porque temos medo do quão perigosos somos ante nosso próprio descontrole; porque não conseguimos ter simplicidade onde a praticidade deveria ser a regra.
Sem desordem não há razão para nos ordenarmos, e com esta, desequilibramos a ordem natural das coisas. Tamanho contra-senso insensato que a sociedade nos faz crer, pois se é natural, como pode ser ordenado?
Há contradição aparente, simples de se explicar e também de se entender.
O momento, aquele raro, onde olhares se cruzam, seja para o amor ou para o ódio, não ocorre de uma ordenação, tal como se predestinado houvesse sido assim concebido. Acontece porque é natural.
Destarte, alhures exposta está a simples maneira de se ver as coisas, os fatos, magicamente transmutados e ordenados para que tenhamos sempre a mesquinha sensação de que estamos no comando, no controle das coisas, quando, na verdade, não há mouse nem teclado em nossos mundos.
Um comentário:
Gostei!
Dois livros que me fizeram ver as coisas de maneira muito diferente e bate bem com o que escreveu:
- A Bagunça Perfeita
- O Andar do Bêbado
Eu tenho os dois, se interessar. Esse segundo eu ainda não terminei, mas acaba que um é complemento do outro, apesar de autores bem diferentes.
Postar um comentário