quarta-feira, 6 de maio de 2009

Absolut Non Sense - Momento de Ira, Dia de Fúria

Faça-me rir, sobretudo de todas as suas falácias e conquistas ridículas.

Popularize-me, como se um deus eu fosse, sem nunca eu haver pisado no Olimpo.

Coloque palavras nas bocas das pessoas, faça-as acreditar que tudo pode ser resolvido pela crença em alguma coisa.

Busque atitudes nas pessoas, esperando receber em troca tapas e pontapés.

Pense que eu sou um idiota, tratando-me como farsante em meio a todos.

Ignore-me na multidão, pisando em minhas idéias e escarrando em toda minha existência.

Nada disso faz sentido, como nada nunca fez, até agora. Num momento você acha que tem a situação sob controle. Noutro, acorda e percebe que não viveu nada até agora, pois sempre buscou o nada, quando deveria nada buscar.

A existência é a essência das mensagens, ocultas em cada gesto, em cada sorriso e em cada suspiro. O além não existe, e o que se foi, ficou para trás, assim como tudo o que está morto, deve permanecer morto, e não enterrado apenas.

Um dia de cada vez, um passo a cada momento e um degrau por dia.

Vagaroso? Não. Cauteloso.

Acompanhar um café com um cigarro singular, observar as pessoas rindo, enquanto por dentro, todos derramam lágrimas. A pretensão está em tudo, e a busca nunca cessa.

O além, o depois, a vertente de nossa existência, pois se existimos, temos que creditar que existimos por alguma razão, não aceitando simplesmente a existência como algo simples.

... Medíocre mesmo!!! Pára com isso vai. Aceita, apaga luz, fecha a porta e vai embora. Simples assim...

Não pense que reluto a cada dia para acreditar que tudo não passa de pesadelo. Mas aceitá-lo, e saber que ele faz parte do nosso dia-a-dia é temeroso. Mas lutar contra isso, agora eu vejo, é ridículo, inevitável.

Que dia idiota. Coisas vazias, idéias sem sentido algum, lugares sem cor, sem sabor, pessoas vazias: eu vazio. Vazio de sentimentos, niilista, especialmente hoje.

Perceber que o dualismo sempre foi parte de sua existência, em todos os lugares, e em tudo o que você toca, e perceber que esse dualismo é uma pura existência de uma doutrina que se iniciou anos e anos atrás? Manchada pela interpretação e interesses mesquinhos de alguns, em detrimento de vários. Condenação ao pensamento livre, à livre manifestação.

Pensando bem, o livre arbítrio está fixado onde? Nas paredes das casas? Nos vitrais das igrejas. Ou ainda, em São João Del Rei? Não... Metafísica para explicar coisas simples? Complicar a vida e a existência com o sofrimento... Em troca de alguns trocados, onde tudo se dá, nada se recebe, para receber depois. Quanta coisa ridícula... Niilista, mais uma vez, eu repito.

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O dia não foi legal. Já acordei puto da vida. Com tudo. Comigo, com meus sapatos, com o carro que ia na minha frente. E o engraçado é que eu não consegui rir em momento algum. Mas fingi estar bem, em alguns lugares e pra algumas pessoas. Vivi um dia absolutamente incomum de mim mesmo.

Onde está a cor, o cheiro, o sabor? Nada. Tá tudo em PB, bem figurado como positivo e negativo, bem e mau. O que mudou de ontem pra hoje? Absolutamente nada. Nada aconteceu. Ninguém me disse nada. Mas, pensando bem, acho que tomei um tapa na cara da minha hipocrisia e quebrei um paradigma meu. Me fez pensar, F.N.

Ainda não conheço Zara, mas espero que com ele possa entender mais algumas coisas. E outra coisa, antes que digam sandices a meu respeito: ainda não terminei de ver tudo. Há muita coisa por vir, eu sei. To instigado a conhecer, a me tornar mais ácido, a me tornar mais racional, a me tornar mais humano.

Me sinto um idiota às vezes por não conseguir fazer tudo que tenho vontade. Mas será que eu não fiz mesmo? Será que eu não fiz tudo aquilo que tinha vontade, mas de uma forma diferente do meu eu? Sim, acho que sim. Contento-me em me sentir bem. E eu não estou me sentindo bem hoje...

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Sim, tava gelada. Foram duas. Mas não foram a salvação. As pessoas ao meu lado me pareceram tão próximas a mim, mas eu sabia que tinha muita coisa ali que eu não conhecia. Mas pra que eu precisava, e preciso, conhecer, se o pouco que vi já me deixou contente?

Preciso entender que eu não posso abraçar o mundo. Que eu não posso fazer todos felizes. Que, ainda que eu esteja bem, as pessoas a meu redor não são obrigadas a estar bem também.

Preciso me conformar em ver que nem tudo é puro, nem tudo é real, e nem tudo é imaginário.

Preciso compreender minha essência. Preciso me entender. Preciso me realinhar.

... Meu eixo sumiu...

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Aquele que nunca firmou seu próprio degrau, que conforme-se em estar no início;
Aquele que construiu alguns, que ajude quem está no início;
Aquele que já está quase no topo, que tenha paciência para com aqueles que ainda estão subindo.

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** Se eu precisar conversar, desabafar, ou qualquer outra coisa que seja, deixa que eu falo **

** Outra coisa: NÃO É NADA COM NINGUÉM **
Não tentem me impor qualquer coisa que seja: ISSO ME DEIXA PUTO DA VIDA E IRADO DE RAIVA!

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The End: o monte Olimpo, aqui expresso, é mitologia.
Não tente entender. Compreenda e reflita. É melhor.
Idiossincrasia não se discute nem se tenta mudar, tá?
Por fim, ficarei ótimo.

Obrigado por me ouvir.

2 comentários:

Rita disse...

"observar as pessoas rindo, enquanto por dentro, todos derramam lágrimas."

é exatamente assim que elas são.

por favor, não seja.

afximba disse...

acho ótimo levar uns tapas na cara, de vez em qdo...um pouco de realidade não faz mal a ninguém, pelo contrário!

cheers!