segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De casa ao supermercado...

Não tenho a mínima ideia de como aconteceu, nem porque. Só sei que hoje não faria isso novamente. Não estou dizendo que nunca mais o faria. Apenas que não o faria novamente. Isso me deixa uma brecha pra novos velhos erros e velhas novas justificativas. Não que eu precise. Mas é sempre bom ter uma moedinha de R$ 0,25 no bolso. Emergência.

Era uma noite incomum; voltava de um passeio fantástico, algo inesperado, algo novo. E tudo aquilo, pelo menos pra mim, era novo. Havia uma magia no ar, nas pessoas. Coisas que, atualmente, não vejo mais. Sei lá, as coisas ficaram estranhas, caíram na mesmice. Mudando o lugar? Talvez. Apenas insistimos em levar os mesmos problemas e as mesmas soluções pra onde quer que rumemos.

Bom, incomum era aquele dia, aquela semana. Havia feito inúmeras coisas, todas de um jeito um tanto quanto novo, tudo com gosto de novo, com cheiro e cara de novo.

Começamos um dia, após uma música especial, após alguns acordes tortos. Me aproximei, cheio de vontade, iludido, caí na sua armadilha direitinho. Me envolvi, sofri, sonhei, caí... E, mais uma vez, tomei um tapa na cara, daqueles de deixar a marca dos dedos cravada na cara. Endureci, mudei minha postura, fiquei muito mais cético, com relação à tudo. Todo o carinho, amor e paixão deram lugar à minha ira, raiva, irritação... E eu comecei a me escurecer, a me apagar.

Percebi isso, mas o estrago que fora anteriormente causado deixou marcas muito profundas em minha essência. Está levando um tempo para recompor, mas eu chego lá.

Eis que, em um dia absolutamente normal, mas de certa forma atípico, meu telefone toca. Alguém trazia informações suas. E estarrecedoras, pra meu maior contente descontentamento, afinal, havia me livrado de ti. Uma parte queria, outra não. E nesse espaço o conflito se estabeleceu. Mas já está em vias de término, pois ambos exércitos foram dizimados. Degladiando-se diuturnamente, extinguiram-se.

O sol voltará a brilhar, não tão já. É preciso arrumar a casa antes de dar outro passo, antes de abrir totalmente a porta. Mas sinto que desta vez será uma experiência ímpar, inimaginável. Mas antes de pousar novamente, eu preciso voar, voar, voar mais um pouco. Há muito mais para conhecer do que o mero espaço entre minha casa e o supermercado...

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