Ecos do Pensamento

Procuro entender o que acontece, todos os dias, em vão. Procurando respostas para conteúdos impessoais demais pra mim. Divagando, cavando entre as palavras e os gestos, mais uma vez, filosofando.

Se procuro outra vida, encontro barreiras que me impedem de me transmutar, pois ao mesmo tempo que quero, também deixo de querer com a mesma intensidade; é ambíguo e juvenil. Não é incompreensível, tampouco sórdido. É apenas o querer do não querer.

Em um momento, transformo em dois. Brinco com as imagens e palavras de forma que tento fazer com que haja algum sentido nelas. Ainda que tente juntar arte abstrata com palavras objetivas.

Insanidade não me passa pela cabeça, apenas penso em coisas que acho que não seria comum pensar. E agora, pensando bem, faz muito tempo que não tenho tido tempo de pensar em coisas insossas, sem sentido, que me faziam pirar, e acho que é isso que está me tirando o sono.

Ocupação para os desocupados, pensar em alguma coisa que possa fazer sentido, alguma coisa que seja racional pensar, mas não ficar pensando em como dominar o mundo, ainda que seja somente o seu.

Meus pensamentos vagam de um lado pra outro, de cima à baixo, até mais rápido que a luz, se é que existe a possibilidade física de tal acontecimento. Espiritual, não quero comentar. E nessas andanças de idas e vindas, acabo me encontrando sentado em uma pedra, no alto de uma montanha, absorto em meus devaneios, ao passo que meu lado racional, como todas as vezes, me traz de volta à vida.